sexta-feira, 9 de abril de 2010

ENTENDA O QUE É UMA TORMENTA E PEGANDO CARONA OS OUTROS DESASTRES NATURAIS.


Furacões, ciclones e tormentas
Introdução
O meio físico da Terra é, potencialmente, uma fonte latente de risco para praticamente todas as formas de vida e em particular para o ser humano. Isto é, a humanidade vive submetida aos fenômenos naturais que são causa de inquietude, de prejuízos graves e de grandes catástrofes. Os fenômenos de origem meteorológica, como furacões e tormentas, são os desastres naturais mais freqüentes e prejudiciais, acima dos terremotos ou erupções vulcânicas. De fato, os ciclones tropicais são a maior fonte de danos, seguidos pelas inundações provocadas pelas chuvas fortes de outros tipos.
Cabe destacar que os cientistas supõem que as Mudanças Climáticas ocasionam, nas últimas décadas, o aumento em magnitude e freqüência das catástrofes naturais causadas pelos fenômenos meteorológicos. Isto dificultou a previsão e prevenção de catástrofes, apesar dos avanços tecnológicos, como satélites e estações meteorológicas com equipamentos especializados.
Fenômenos meteorológicos
Um ciclone é uma área de baixa pressão, com a pressão mais baixa no centro. Ou seja, por efeito da rotação da Terra, na área de um ciclone o ar se move ao redor do núcleo de menor pressão (no sentido dos ponteiros de relógio no hemisfério sul, e em direção contrária no hemisfério norte), o que favorece o desenvolvimento de nebulosidade e, em geral, de condições de mal tempo. De fato, os ciclones são formados por ventos tropicais que avançam a grande velocidade em forma de espiral e formam um extenso redemoinho. Quando o ciclone toca a terra firme, começa a dissipar-se. Entretanto, ao chegar à costa pode causar danos e provocar inundações. Um ciclone tropical, por exemplo, define-se como um ciclone que se desenvolve sobre águas tropicais e subtropicais e que tem uma circulação em superfície organizada e bem definida.
Furacão é o nome dos ciclones tropicais do mar caribenho, Atlântico Norte, Golfo do México e ao leste do Pacífico Norte. Seus ventos sustentados são superiores aos 119km/hora (75 mph ou 65 nós). Enquanto que um tufão é o nome dado aos furacões no mar da China e no noroeste do Pacífico. De acordo com a velocidade dos ventos, os furacões passam pelas seguintes etapas:
• Onda tropical: nasce como uma faixa de nebulosidade de 250 km de largura que desliza de Leste a Oeste a 20 km/h.
• Depressão tropical: a onda consegue uma circulação ao redor de um centro, com ventos de cerca de 38 mph ou 65 km/h.
• Tormenta tropical: ventos maiores que 65 km/h ao redor de um centro.
• Furacão: a velocidade do vento supera os 119 km/h e chega além de 250 km/h, com uma ondulação de grande altura.
Uma tormenta é um fenômeno consistente em uma ou várias descargas bruscas de eletricidade atmosférica, manifestado por um brilho luminoso (relâmpago) e por um ruído estrondoso (trovão). Uma tormenta tropical é um ciclone tropical de núcleo quente e
fortes precipitações, onde o vento em superfície máximo medido (média de um minuto) tem uma intensidade de 63-117 km/hora (39-73 milhas/hora ou 34-63 nós. Com ventos com velocidades superiores a 119 km/hora, a tormenta é considerada um furacão).
Para medir a intensidade da força do vento desses fenômenos meteorológicos existe a escala de Beaufort, baseada na intensidade atual dos furacões (utilizado na América do Norte, Caribe, América Central e no norte da América do Sul).
Força
Descrição
Velocidade (Km/h)
Efeitos
0
Calma
0
Fumaça em ascensão vertical
1
Brisa
1+
Desvio lento da fumaça
2
Pouco fraco
6+
Sussurro de folhas
3
Fraco
12+
Movimento de galhos
4
Sereno moderado
20+
Levantamento de pó
5
Pouco fresco
30+
Movimento de árvores pequenas
6
Fresco
40+
Balanço de galhos grandes
7
Muito fresco
51+
Balanço de árvores: dificuldade para andar
8
Duro
62+
Rompimento de galhos: dificuldade para caminhar
9
Muito duro
75+
Elevação de telas dos telhados
10
Temporal
88+
Arranca árvores e danos em edificações
1
Tempestade
102+
Danos mayores
12
Furacão
119+
Devastação geral
Existem outros fenômenos meteorológicos, como a tromba marinha, uma tormenta giratória pequena sobre os oceanos ou águas interiores, que ocasionalmente se movem terra adentro. E o tornado ou mesociclone, uma forte tormenta de pequeno diâmetro com ventos rotatórios de grande poder destruidor. De fato, é o fenômeno meteorológico natural mais violento que geralmente ocorre pela terra adentro, ainda que também se apresente na parte dianteira da periferia dos furacões.
Formação de tormentas, furacões e ciclones
A temporada de furacões, que ocorre no oceano Atlântico e no mar do Caribe de junho a novembro. Durante o inverno do hemisfério norte, de dezembro a maio, as áreas polares, continentais e as águas estão muito frias, o que permite que não haja a evaporação suficiente para a formação de nuvens ou tormentas. Por outro lado, de junho a novembro, o movimento aparente do Sol se dirige para o norte. Devido ao calor e a umidade, durante seis meses formam-se depressões, tormentas e furacões. Anualmente são produzidas aproximadamente 5 ou 7 tormentas de diferentes intensidades, diretamente proporcionais à quantidade de ondas tropicais formadas no Caribe. Uma temporada de furacões acima da média apresenta em geral 11 tormentas, das quais cerca de 7 se convertem em furacões e aproximadamente 3 se classificam como furacões de grande intensidade (com ventos acima dos 175 km/h).

Curiosidades - Por que a Lua e o Sol parecem maiores quando vistos no horizonte?

Quem de nós já não parou para admirar a enorme Lua cheia nascendo no horizonte? O grande disco, muitas vezes alaranjado, parece até nos hipnotizar com seu tamanho e beleza ímpar, sempre pronta a ser apreciada e contemplada pelas pessoas ao redor. Todos se admiram e exclamam: "nossa, como está enorme!".
À medida que as horas passam, porém, nosso astro da noite vai ficando cada vez mais alto e ao mesmo tempo menor. Isso também acontece com o Sol, as estrelas e os planetas. Todos, quando estão próximo ao horizonte, se parecem maiores. Mas por que isso acontece? Será algum fenômeno desconhecido que torna esses objetos maiores?



Inicialmente, não seria estranho supor que os raios luminosos vindos de um objeto no horizonte percorressem um caminho mais longo através da atmosfera. Quanto mais próximo do horizonte estivesse o objeto, maior seria o caminho percorrido pela luz, provocando refrações que fariam seu diâmetro aparente parecer maior. Essa seria uma boa dedução e explicaria inclusive a cor alaranjada dos objetos próximos ao horizonte, já que os raios de luz, ao atravessarem a densa atmosfera saturada de vapor e repleta de poeira, têm grande parte de seu espectro eletromagnético absorvido, com exceção dos comprimentos de onda próximos ao vermelho.

O problema é que isso não explica o diâmetro aparentemente maior dos objetos. Se medirmos o tamanho do Sol ou da Lua com instrumentos apropriados e precisos, veremos que seus diâmetros não são maiores quando estão no horizonte. Pior que isso, constataríamos o oposto. Qualquer objeto sempre estará maior quanto mais próximo estiver de nós e quanto mais acima de nossa cabeça, ou zênite, mais próximo estará.

Então, como se explica o fenômeno? Afinal, é inegável que eles parecem muito maiores no horizonte.


Ilusão de ótica
Antes de mais nada, é importante afirmar que essa ampliação não é real e só existe para o olho e cérebro humano. De acordo com o astrônomo Ronaldo Mourão, o fundo do céu tem papel fundamental nesta ilusão, nos causando a impressão de que a abóbada celeste não é uma semi-esfera, mas uma calota achada no zênite e que se estende em ângulo agudo até o horizonte. Essa ilusão é tão real que o próprio azul, nuvens, constelações, estrelas e planetas parecem encrustados na abóbada celeste.

A razão dessa impressão provém, sem qualquer dúvida, do fato de não existir nenhuma referência que nos permita estimar distâncias quando olhamos para cima de nossas cabeças. Ao contrário, porém, quando olhamos para o horizonte, nossos olhos contemplam os campos, bosques, montanhas, prédios, colinas e uma série de objetos que nos permite comparações e impressão de distâncias e afastamentos. Dessa forma, o céu no horizonte nos parece muito mais afastado do que no zênite.

Mourão explica que quando observamos o céu estrelado, projetamos, sem perceber, as estrelas e a Lua sobre essa abóbada celeste achatada por nossa imaginação. Essa ilusão não ocorre somente com a Lua, mas também com as constelações ou com o Sol, que parecem maiores e avermelhados no horizonte.


Ensine a todos
Agora que você já sabe que o tamanho real do Sol ou da Lua não muda quando estão próximos ao horizonte, da próxima vez que testemunhar o espetáculo chame seus parente e amigos. Explique a eles o motivo. Com certeza você irá contribuir um pouco mais para aumentar o conhecimento sobre os fenômenos naturais, mesmo que eles não acreditem muito que aquela Lua enorme seja apenas uma ilusão!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Curiosidades! O interior da Terra pode esfriar totalmente?

Sim, o núcleo terrestre está mesmo esfriando. Segundo alguns cientistas, o esfriamento total pode chegar daqui a 2 bilhões de anos. O processo de perda de calor começou desde a formação do planeta - para ter uma ideia, o interior da Terra, que hoje é aquecido a 5 000 ºC, pode ter tido temperaturas na casa dos milhões de graus Celsius. Quando o calor cessar, pior para nós: as consequências irão desde a planificação do relevo terrestre à perda da vida no planeta. Veja ao lado como é o interior da Terra hoje e entenda abaixo como ele vai ficar quando o frio tomar conta de tudo. :-0

COMO A TERRA É HOJE...
Calor do interior do planeta movimenta placas tectônicas

NÚCLEO QUENTE
A Terra tem dois núcleos, o exterior, viscoso, e o interior, sólido. O núcleo externo é uma massa de níquel e ferro derretidos que se move a uma temperatura de cerca de 5 000 ºC. Esse vaivém faz com que as placas tectônicas se movam, permitindo a atividade vulcânica (é lá do fundo que vem o magma) e causando terremotos e maremotos

CAMPO MAGNÉTICO
O núcleo interno também gera o campo magnético terrestre. Isso acontece porque os dois núcleos terrestres se movimentam em velocidades diferentes, causando uma corrente elétrica e, portanto, o campo magnético. O campo magnético nos protege da radiação solar, entre outras funções, como ajudar a manter a órbita terrestre

...E COMO ELA VAI FICAR QUANDO ESFRIAR
Sem magma, relevo fica plano, água toma conta e depois evapora

Quando o núcleo esfriar, o líquido se solidificará. A primeira consequência é o fim da atividade vulcânica, que acabará com a reposição de terra na superfície. Com o tempo, o vento e a chuva irão erodir as montanhas e, gradualmente, todo esse material irá parar no fundo do mar. Os sedimentos depositados vão planificar a superfície de todo o planeta e a água vai tomar conta de tudo.

Ao mesmo tempo, com a interrupção das correntes elétricas, o campo magnético da Terra pode acabar de vez - ou ficar seriamente enfraquecido. Sem a proteção desse campo, a radiação solar - corrente de partículas carregadas (principalmente prótons e elétrons) emitidas pelo Sol - nos atingirá diretamente e irá deteriorar nossa atmosfera.

A água só é líquida em condições normais de temperatura e pressão. Sem a atmosfera, a pressão
do ar cai e a temperatura sobe por causa da exposição direta à radiação solar. Isso aumenta a evaporação da água e, com o tempo, os oceanos serão reduzidos a lagos, que virarão lagoas... Se a água não desaparecer completamente, ficará muito escassa.

No final, a Terra se torna uma bola rochosa, sem água, sem ar e sob temperaturas altíssimas - algo parecido com o que Marte é hoje. Algumas pesquisas, inclusive, sugerem que Marte pode ter se tornado um planeta deserto devido ao formato do campo magnético marciano, que é diferente do da Terra e teria facilitado a penetração da radiação solar, desencadeando o processo.

O que possivelmente ocorreu em Niterói! Área abriga lixo há 50 anos e acúmulo de gases pode ter provocado desmoronamento!

Autoridades consideram explosão para
desabamento no Morro do Bumba
Área abriga lixo há 50 anos e acúmulo de gases pode ter provocado desmoronamento;

Há 50 anos funcionava ali um aterro sanitário, é uma área muito instável, em que inclusive exala gás metano, que é inflamável. Acho que essa chuva intensa, sendo um aterro, contribuiu para que houvesse uma tragédia dessa proporção – disse o secretário de Trânsito e Transporte de Niterói, José Roberto Mocarzel, em entrevista à rádio CBN.

O coronel Adir Soares de Souza, que coordena o trabalho dos bombeiros no local, afirmou que moradores relataram um barulho antes do deslizamento, o que vai de encontro às suspeitas de que uma explosão tenha causado a tragédia. O secretário de Saúde de Niterói, Alkamir Issa, também levantou a mesma possibilidade.

O local não é tão íngreme. Há essa possibilidade de explosão em decorrência desse lixão aqui existente, por um fogão ligado ou alguma outra coisa.

O número de casas atingidas pelo deslizamento ainda apresenta variações. O secretário de Saúde e Defesa Civil do Rio, Sérgio Côrtes, afirmou que de 30 a 50 residências possam ter sido arrastadas pela terra, enquanto Alkamir Issa declarou que o número pode chegar a 70 casas. Cerca de 150 homens trabalham no resgate e as famílias desabrigadas estão sendo encaminhadas a duas escolas e uma igreja do município.

José Roberto Mocarzel acrescentou que o período de chuvas em Niterói é o maior da história, superando o ano de 1966.

Lorotas e mais Lorotas!

Secretários falam sobre causa e solução
após deslizamento em Niterói
Côrtes lamenta “hipocrisia”, enquanto Mocarzel quer programa habitacional

Secretários do Rio de Janeiro analisaram as causas e as possíveis soluções para que deslizamentos como o do Morro do Bumba, em Niterói, ocorrido na noite desta quarta-feira (7), não voltem a ocorrer. Representando o Governo carioca no local do desabamento de acerca de 70 casas, o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, lamentou a “hipocrisia” com que se trata o problema da ocupação habitacional desordenada.


- Todo o trabalho de ocupação do solo é de competência do município. Mesmo antes de começarem os deslizamentos as prefeituras são orientadas a identificar as áreas de risco. É um problema grande, são décadas de ocupação ilegal, e temos que parar com a hipocrisia e o preconceito em usar a palavra remoção, ela tem que ocorrer para que evitemos esse tipo de desastre – disse Côrtes, em entrevista à rádio CBN.

- No país inteiro isso ocorre todos os anos, mas a ocupação ilegal não se resolve rapidamente. Temos que resolver, trabalhar forte para que não fiquemos apenas com esses momentos de dor. O trabalho tem que ser ininterrupto, com todos retirando as ocupações e evitando o aparecimento de novas – acrescentou.

O secretário estadual do Governo Sérgio Cabral também disparou contra traficantes, milícias e políticos “inescrupulosos”, possíveis culpados, segundo ele, pela tragédia no Morro do Bumba.

- Eles dão condições para as construções dessas “casinhas”, depois vem mais um, outro sem eguida, e a prefeitura ainda é pressionada a dar acessibilidade e serviço para moradias que não poderiam existir. O governador sugeriu acabarmos com essa hipocrisia, mas falaram que seria como separar árabes de judeus. Não tem nada disso, temos é que evitar que desastres como esse aconteçam – completou Côrtes.

Vítima diz que mãe foi salvar neta e foi soterrada.

Chega a 148 o número de mortos pelas chuvas
Já o secretário de Trânsito e Transporte de Niterói, José Roberto Mocarzel, afirmou que o problema pode ser resolvido com uma política habitacional séria, apoiada e desenvolvida em conjunto com o Governo Federal. Segundo ele, a cidade de Niterói quer construir inicialmente 2 mil casas, como parte do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

- O crescimento da região metropolitana tem sido muito acentuado nos últimos anos. Por isso estamos desenvolvendo este projeto com o Governo Federal para construir 2 mil unidades, dobrando e triplicando este número a curto prazo. A solução de moradia, no entender da Prefeitura, seria esse programa. Com R$ 50 mensais, um trabalhador poderia ter uma moradia estável e digna. Faremos todo o esforço para colocar o programa em prática.

Para os trabalhos emergências de resgate e assistência aos desabrigados, Mocarzel espera a compreensão do Governo Federal e o envio de recursos o mais rápido possível. Sem a burocracia já esperada pelas autoridades municipais.

- O prefeito decretou estado de emergência, mas devido a esse acontecimento (no Morro do Bumba), acredito que possa ser decretado o estado de calamidade pública. Definimos ações eficazes nas reuniões de hoje (quarta-feira) e esperamos desenvolvê-las sem burocracia. Antigamente as verbas vinham de forma mais fácil, mas hoje não, são muitos papéis, muitos dados a serem preenchidos. Esperamos agilidade no socorro aos que precisam.

A farra do boi na Amazônia!!




Uma investigação de 3 anos do Greenpeace revela como a parceria perversa entre a indústria do gado e o governo brasileiro estão resultando em mais desmatamento, trabalho escravo e invasão de terras indígenas.





Grandes marcas reconhecidas mundialmente, como Adidas, Timberland e Unilever parecem acreditar que seus produtos excluem matéria-prima da Amazônia. A investigação do Greenpeace expõe pela primeira vez como o consumo leviano de matéria-prima está alimentando o desmatamento e, consequentemente, o aquecimento global.

Conferencia Sobre Clima ! O que esta Sendo Tratado? Entenda aqui!

A negociação internacional

Desde o final de 2007, governos de todo o mundo tentam costurar um acordo para enfrentar a crise do clima. O sucesso, ou fracasso, dessas negociações será conhecido em dezembro, na Conferência do Clima que acontecerá em Copenhague, Dinamarca. Essa reunião é talvez a nossa última chance de chegar a um consenso sobre como reduzir emissões de gases-estufa a tempo de evitar um desastre climático no futuro.

Infelizmente, a resistência demonstrada pelos governantes em assumir um papel de liderança não ajuda a acalentar esperanças. Cada um olha apenas para seus próprios interesses, num cabo-de-guerra que não leva a lugar nenhum. De um lado, estão os países industrializados, que não querem perder sua majestade. Do outro, estão os países emergentes (o Brasil nesse meio), que desejam crescer da mesma forma que os industrializados, com um pouco mais de cuidado com o ambiente – mas só um pouco mais. No meio estão as populações mais pobres, que mais sofrerão com o aquecimento global.

Os chefes de Estado ainda têm muito a fazer e precisam trabalhar em conjunto para proteger o planeta que eles, coletivamente, representam.

Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), para escapar dos piores efeitos da mudança climática – o que significa manter a elevação da temperatura média global o mais distante possível de 2°C – as emissões de gases do efeito estufa terão que diminuir entre 50% a 80% até o meio deste século.

O Greenpeace acredita que é preciso fazer bem mais, agindo de forma decisiva nos cinco blocos de temas definidos como centrais nessa negociação. Veja as propostas do Greenpeace para cada um desses temas: visão compartilhada, redução de emissões (ou mitigação), adaptação, financiamento e transferência de tecnologia.
1. Visão compartilhada
Essa é uma linha guia, que irá orientar os esforços de todos os países no enfrentamento das mudanças do clima. Nesse sentido, são discutidos temas como o aumento máximo de temperatura média do planeta, a concentração dos gases do efeito estufa na atmosfera e a diferença entre os esforços dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento.
A maioria dos países concorda que o aumento máximo da temperatura média da Terra deve ser limitado em 2ºC, em comparação com a temperatura medida antes da Revolução Industrial. Porém, ainda existe muita discussão sobre qual a concentração máxima aceitável de gases-estufa na atmosfera para limitar esse aumento e sobre como garantir que esses limites serão atingidos. Limites bem estabelecidos são importantes pois indicam o nível de ambição dos países e permitem que a sociedade civil exerça pressão sobre o compromisso estabelecido e as ações adotadas.
O Greenpeace defende que o aumento máximo fique bem abaixo do 2ºC e que, com cada ano menos gases-estufa no ar, a temperatura comece a cair o mais rápido o possível. Além disso, o acordo global deve garantir a todos os povos e as culturas o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento sustentável.

2. Redução de emissões (mitigação)
Cada país desenvolvido propõe um corte diferente de suas emissões de gases do efeito estufa, que variam entre 5% e 30% até 2020, em comparação com o que emitiam em 1990. Isso, no fundo, representa apenas uma média de 10% a 15% de reduções.
Esses números estão muito abaixo do que a ciência recomenda. Para que o ganho seja real, o Greenpeace pede às nações industrializadas que cortem pelo menos 40% de suas emissões até 2020, usando como base o ano de 1990, e que financiem os países em desenvolvimento com US$ 160 bilhões por ano, para que esses possam mudar seus padrões de crescimento e adotar medidas que levem a uma queda de 15% a 30% em suas emissões, em relação ao que se espera que cada um emita em 2020.

3. Adaptação
Os países em desenvolvimento já são afetados pelos efeitos negativos do aquecimento global. Ao mesmo tempo, eles não possuem informações, infraestrutura, capacidade e recursos para lidar com esses problemas.
O Greenpeace calcula que sejam necessários US$ 56 bilhões no suporte a estratégias de adaptação. A maneira com que este dinheiro será utilizado deve ser decidida em diferentes níveis – nacional, regional e local –, permitindo a participação dos grupos mais vulneráveis na tomada de decisão e levando em consideração as diferentes realidades. Além disso, deve ser criado um sistema de seguros, com US$ 7 bilhões, para compensar os danos que não puderem ser evitados.

4. Financiamento
O financiamento para os países em desenvolvimento se prepararem para enfrentar o desafio das mudanças climáticas é um dos itens mais complexos nas negociações. A proposta do Greenpeace é que sejam alocados US$ 160 bilhões para que os países em desenvolvimento possam se adaptar e adotar medidas de mitigação. Esses recursos devem vir principalmente de fontes públicas e sua administração e distribuição devem ser feitas por uma nova instituição ligada a ONU.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que cuida dos mercados de carbono, deve ser reformulado para favorecer ações setoriais nos grandes países em desenvolvimento e ações pontuais nos países mais pobres. A Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) seria financiada por um mecanismo internacional que arrecade pelo menos R$ 42 bilhões, priorizando a preservação da biodiversidade, de florestas primárias e garantindo os direitos dos povos indígenas.

5. Transferência de tecnologia
Os países desenvolvidos estão à frente na criação de tecnologias que permitam gerar energia com menos emissão de gases do efeito estufa. No entanto, a transferência dessa tecnologia para os países em desenvolvimento (especialmente China e Índia), que envolve, entre outras, questões de propriedade intelectual, ainda não foi decidida.
Existe a necessidade de se acelerar a criação de tecnologias de energias renováveis e o uso sustentável de recursos, aumentando seu ritmo de implementação. O Greenpeace espera que até 2050, pelo menos dois terços da geração de energia no mundo venha de fontes renováveis. Para essas ações, seriam destinados U$ 55 bilhões.

Gigante do petróleo banca céticos do clima!!

WASHINGTON — Indústrias Koch agem longe dos olhos do público e, por baixo dos panos, financiam os argumentos falsos de quem nega o aquecimento global.

Uma empresa pouco conhecida, mas com bastante trabalho, passou a ExxonMobil no quesito financiamento dos céticos do clima de acordo com um levantamento realizado pelo Greenpeace. As Indústrias Koch, com sede nos Estados Unidos, têm o petróleo no centro de seus negócios, produziram o 19º homem mais rico do mundo e carregam um passivo ambiental imenso, que tentam esconder de todos os jeitos.

O relatório do Greenpeace, “Indústrias Koch: financiando secretamente os céticos do clima”, detalha como a empresa multinacional tem um papel dominante no discurso negacionista do aquecimento global nos Estados Unidos. Ela gasta milhões de dólares na promoção de céticos e seus institutos lobbistas e na oposição ao avanço de tecnologias limpas de geração de energia. “Está na hora de as Indústrias Koch limparem o jogo e deixarem de lado sua campanha suja e feita por baixo dos panos contra as ações de controle das mudanças climáticas”, afirma Kert Davies, diretor de pesquisa do Greenpeace dos Estados Unidos.

A Koch financiou (entre outros exemplos):

- Vinte organizações especializadas em negar o aquecimento global, que ecoaram a quatro cantos o Climagate, caso em que e-mails de cientistas da Universidade de East Anglia foram hackeados, no fim do ano passado. Essas organizações afirmam que as mensagens mostram que a ciência do clima é pouco confiável e ignoram a avaliação de grupos independentes que falam o contrário;

- Um artigo pseudocientífico de 2007, em conjunto com a ExxonMobil e o Instituto Americano do Petróleo, que tenta refutar a ciência que mostra como os ursos polares são ameaçados de extinção por causa do aquecimento global;

- Um grupo dinamarquês que produziu um estudo contrário à indústria de energia eólica da Dinamarca. Esse material foi usado nos Estados Unidos para rebater o apoio do presidente Barack Obama a energias renováveis. Neste ano, o ministro do Meio Ambiente da Dinamarca rejeitou os resultados do documento;

- Grupos que apóiam e promovem uma antiga e já refutada análise, que liga a indústria de energias renováveis ao desemprego na Espanha. Entre eles, destaca-se um chamado Americanos pela Prosperidade, fundado e dirigido por David Koch. Hoje, esse grupo está em campanha aberta contra o projeto de lei voltado a energias limpas de Obama, em discussão no Congresso americano.

“Ao gastar milhões de dólares no lobby e em financiamento a candidatos, Charles e David Koch poluem não apenas o ambiente mas também o processo político americano, trabalhando para impedir a aprovação da lei de energia limpa e clima por meio de um lobby corporativo intenso e financiamento de céticos”, diz Davies. “Esse processo tem como objetivo atrapalhar o avanço das negociações internacionais em torno de uma política de controle das mudanças climáticas, com o enfraquecimento da legislação americana no centro dessa estratégia.”

Carta aberta do Greenpeace as Índústrias Koch no Brasil

As Indústrias Koch são um conglomerado de US$ 100 bilhões, dominado por negócios em petroquímica, que operam em cerca de 60 países, com 70 mil funcionários. A maioria das operações é invisível ao público, com exceção de algumas poucas marcas, como Lycra® e Cordura®. No Brasil o grupo Koch está presente na forma de quatro empresas, “Georgia Pacific”, “Koch mineral services”, “Koch chemical technology group” e “Invista”.

“As empresas e funcionários do grupo Koch no Brasil tem a obrigação moral de exigir explicações e mudanças das atitudes de seus pares norte-americanos”, diz João Talocchi, coordenador da campanha de clima do Greenpeace Brasil. “No site das empresas existem diversas referências ao uso da boa ciência, responsabilidade socioambiental e criação de valores. Ao atacar a ciência e legislação sobre mudanças do clima, eles só aumentam o buraco entre o discurso e a realidade”, complementa Talocchi.

Parte da influência da Koch é centrada em três fundações, também controladas por David e Charles Koch. No financiamento de campanhas de céticos, a ExxonMobil gastou cerca de US$ 9 milhões entre 2005 e 2008. No mesmo período, as fundações controladas pelas Indústrias Koch gastaram cerca de US$ 25 milhões. Entre os grupos financiados, estão velhos centros de negação da ciência do clima, entre eles o Mercatus Center, a Fundação Heritage, o Instituto Cato, a Fundação Legal de Washington e a Fundação para Pesquisa de Economia e Ambiente (Free, na sigla em inglês).

MEIO AMBIENTE - Chuva Acida em Manaus!


Há meses a qualidade do ar em Manaus, capital do Amazonas, vem sendo prejudicada por conta da fumaça gerada com frequência pelos focos de queimadas ao redor da região. Com as chuvas abaixo da média nesta época do ano, a névoa formada pela fumaça e a poluição não se dissipa.
As partículas da fumaça das queimadas associadas a gases como o dióxido de carbono emitido pelos veículos, resultaram na ocorrência de uma chuva ácida na última quinta-feira (26). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno costuma se agravar sobre a capital e outras cidades do Estado no período da estiagem prolongada.

Os poluentes gerados pelos veículos, mas principalmente pelas queimadas, evaporam junto com a água em direção a atmosfera. Ao se juntarem, congelam nas baixas temperaturas e se precipitam em forma de chuva ácida.

“A chuva ácida ocorre todos os dias em determinadas regiões do País. Em São Paulo, por exemplo, quase todos os dias há o registro de chuva ácida, mas o nome é pouco usado para não causar impacto maior na população. Manaus passa pelo mesmo processo”, explica a gerente do Inmet, Lúcia Gularte.

As implicações são diretas para o meio ambiente e para a saúde humana. O fenômeno tem impacto desfavorável sobre as florestas, elevando a acidez no solo e na água dos rios e lagos, destruindo plantações e podendo causar a morte de insetos, peixes e animais.

Além disso, a precipitação ácida tem poder corrosivo sobre edifícios e estruturas expostas ao ar livre. Existem ainda estudos epidemiológicos que sugerem uma ligação entre a acidez atmosférica e a saúde da população.

O que fazer para evitar a chuva ácida? A resposta parece simples: diminuir a quantidade dos poluidores na atmosfera. A redução dos focos de queimadas já pode ser um bom começo.

Desmatamento na Amazônia!!

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta quinta-feira (24) o levantamento da área desmatada na Amazônia no mês de agosto de 2009. Cerca de 500 km² da floresta amazônica foram destruídos no período, o equivalente a metade do território do Estado do Rio de Janeiro.



Os Estados do Pará e de Mato Grosso lideram o ranking de desmatamento somando 400 km² de área devastada. Em seguida aparecem Rondônia e o Amazonas com mais de 70 km² devastados. O restante ficou distribuído entre os Estados do Acre, Maranhão, Amapá, Roraima e Tocantins.

As condições do tempo ajudaram na observação dos satélites e apenas 17% da região ficou coberta por nuvens.

O Inpe destaca que em relação ao mês anterior houve uma queda de 40% na área devastada.
Comparada a agosto de 2008, a queda no desmatamento foi de 34%.

Segundo o Instituto, comparações entre meses seguidos não são totalmente precisas, pois a cobertura de nuvens em parte da região pode dificultar o real monitoramento feito pelas imagens de satélites.

O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) identifica focos de devastação com área superior a 25 hectares. São considerados as áreas de mata totalmente destruídas e locais de degradação parcial da floresta.

Lixo Eletronico




O que fazer com o computador, celular, baterias, televisores e rádios que estão ultrapassados e não servem mais para nada? Onde depositar esse lixo? Essa é uma das questões mais importantes que a Organização das Nações Unidas, ONU, trouxe à tona recentemente e conhecer o destino dado ao lixo eletrônico é fundamental para a saúde do planeta.

Segundo a ONU, o lixo eletrônico deve crescer de forma assustadora na próxima década especialmente nos países em desenvolvimento. Na Índia, esses resíduos de produtos poderão crescer 500% até 2020, na comparação com o ano de 2007.

O Programa Ambiental das Nações Unidas, UNEP, prevê que só o descarte de computadores antigos crescerá 400% na China e na África do Sul nos próximos dez anos.

Novos estudos mostram que o lixo eletrônico cresce 40 milhões de toneladas por ano mundialmente e o maior prejudicado é o meio ambiente. Quando queimados, toxinas são emitidas de forma indevida por sucateiros em busca de componentes como cobre e ouro.

"O relatório da ONU torna ainda mais urgente o estabelecimento de processos ambiciosos, formais e regulamentados para recolher e gerir lixo eletrônico, com o estabelecimento de grandes e eficientes instalações na China", afirmou Achim Steiner, diretor executivo do Unep.

Além da China e da Índia, o Brasil e o México estão na lista dos que também enfrentarão graves danos ambientais e de saúde caso a reciclagem desse lixo não seja feita de forma adequada e os consumidores não sejam orientados.

No topo da lista estão os Estados Unidos como os maiores produtores de lixo eletrônico do mundo, gerando cerca de três milhões de toneladas por ano. A China ocupa o segundo lugar com uma produção de 2,3 milhões de toneladas anuais.

Consumo responsável
Atualmente, vivemos uma época onde muitos criticam o modo como o Homem agride o ambiente. Entretanto, nunca vemos em nós mesmos os grandes poluidores do planeta, sempre atribuindo a culpa ao "Homem" e esquecendo que nós é que somos o "Homem".

Quando formos descartar pilhas, celulares, aparelhos eletrônicos, geladeiras, etc., devemos pensar profundamente em qual será o destino que será dado ao material e ter absoluta certeza de que esse ato não agredirá o ambiente. Agindo assim, nos tornaremos consumidores responsáveis e conscientes, contribuindo em grande parte pela saúde do planeta. A Terra agradece!

Vestibular -Domínios Morfoclimaticos

Índice
Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil
Resumo Teórico..........................................................1
Exercícios....................................................................4
Gabarito.......................................................................6
Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil
Resumo Teórico

O conceito de Domínios Morfoclimáticos, proposto por Aziz Ab.Saber, é utilizado para o
tratamento das diferentes paisagens naturais existentes no Brasil. Esse conceito gerou uma
classificação que combina fatos geomorfológicos ( das formas de relevo ), climáticos, hidrológicos,
botânicos e pedológicos ( referentes ao solo ), estabelecendo padrões regionais. Como pode ser
observado no mapa abaixo, a classificação dos domínios de paisagem apresenta 6 áreas homogêneas
centrais associadas com faixas de transição, onde as características da paisagens não apresentam uma
definição tão marcante e, freqüentemente, associam elementos das paisagens ao seu redor.
Os Domínios Morfoclimáticos, segundo Ab. Saber:

O Domínio Amazônico

O domínio das terras baixas florestadas da Amazônia compreende uma extensa planície
inundável, tabuleiros com altitudes de até 200 m, terraços com cascalhos e lateritas e morros baixos
com formas arredondadas. Essa paisagem apresenta uma relação direta com a bacia hidrográfica
Amazônica e uma rica variedade de águas perenes, com rios brancos, negros e cristalinos.
A base do relevo está assentada sobre uma bacia sedimentar constituída na Era
Paleozóica, antes da separação entre a América do Sul e a África e da formação da Cordilheira dos
Andes. Essa bacia sedimentar antiga foi recoberta por sedimentos recentes, dos períodos Terciário e
Quaternário da Era Cenozóica, e são estes os que aparecem na estrutura geológica da região.
O clima dominante é o Equatorial com baixa amplitude térmica e temperaturas que
oscilam entre 25ºC e 27ºC no decorrer do ano; a pluviosidade também é elevada, superando a marca
dos 1800mm anuais.
Nessa região aparecem solos arenosos, ácidos, pobres em nutrientes minerais, sujeitos à
1
lixiviação. Como a própria floresta é responsável pela ciclagem de nutrientes, o manto de detritos
orgânicos . formado pelas folhas que caem das árvores . tornam os solos ricos em matéria orgânica,
o que garante a alimentação da vegetação nativa.
Essa floresta latifoliada equatorial apresenta uma destacada biodiversidade, com três
padrões básicos: Matas de Igapó, Matas de Várzea e Matas de Terra Firme.
•As Matas de Igapó estão localizadas nas áreas de inundação permanente, com solos e águas
ácidas. A vegetação é perenifólia ( não perde as folhas durante o ano ), com ramificações baixas e
densas, de até 20 m de altura, repleta de arbustos, cipós e epífitas. Aí destacam-se espécies como o
Arapati, a Mamorana e a Vitória Régia.
•As Matas de Várzea localizam-se nas áreas de inundação periódica, junto aos rios de água branca.
Sua composição florística varia de acordo com o período de inundação e também pode apresentar
espécies de maior porte, como a Seringueira e o Pau Mulato.
•As Matas de Terra Firme estão nas áreas mais elevadas, que não são atingidas pelas inundações
amazônicas. Aí encontram-se as árvores de grande porte, com 60 a 65m de altura. A floresta é
compacta, perenifólia e higrófila; o dossel ( conjunto das copas das árvores ) é contínuo e o
ambiente é úmido e escuro. Nesse estrato podem ser encontradas as Castanheiras, o Caucho, a
Sapucaia, o Cedro e a Maçaranduba.
Quanto aos problemas ambientais destacam-se a destruição da biodiversidade pelos desmatamentos
e queimadas, a destruição dos solos, as alterações no ciclo hidrológico, a difusão de pragas e
parasitas.

O Domínio dos Mares de Morros

O domínio dos Mares de Morros Florestados do Brasil tropical é recoberto pela Mata
Atlântica, uma floresta latifoliada tropical que, originalmente, recobria a fachada litorânea do país e
interiorizava-se na região Sudeste. Hoje, a essa floresta está reduzida à 5% de sua área inicial,
ocupando uma área de 55 mil km2.
Esse domínio associa um relevo planáltico estruturado sobre uma base de rochas
magmáticas e metamórficas muito antigas, formadas no Pré Cambriano. O clima é Tropical Litorâneo
Úmido, afetado por chuvas frontais e orográficas, com predomínio de chuvas no verão. A associação
dessa base geológica com o clima Litorâneo Úmido levou à constituição de um relevo mamelonar -
com formas arredondas - relativamente elevado, denominado .Mares de Morros.
Mata Atlântica é o nome genérico dado ao conjunto de florestas tropicais úmidas que
ocorre de forma azonal ( chegava até o paralelo 33ºS ) nas regiões costeiras do Brasil. Essa floresta é
influenciada pela umidade dos ventos Alísios de Sudeste e pelas chuvas orográficas, apresentando
fisionomia semelhante à da Floresta Amazônica e maior biodiversidade de que sua .irmã equatorial..
Essa biodiversidade deve-se à grande variação latitudinal de sua localização, às diferentes altitudes de
relevo ocupadas pela floresta, às influências de climas passados e às diferentes condições de solo e
umidade à que está submetida.
A devastação na região dos Mares de Morros foi resultado da expansão da agricultura
comercial . principalmente a cafeicultura, do desmatamento seletivo de madeiras nobres, do turismo
predatório nas regiões litorâneas e, em período mais recente, da constituição das manchas
urbano-industriais no Sudeste brasileiro.
O Domínio da Caatinga
O domínio da Caatinga localiza-se no interior do Nordeste brasileiro, em região de
depressões inter-planálticas, como a Depressão Sertaneja e Sanfranciscana. Aí ocorre o clima
Semi-árido, com temperaturas elevadas durante todo o ano, chuvas escassas . menos de 700 mm/ano
. e irregularmente distribuídas.
Parte da região está localizada na bacia do rio São Francisco onde, além do rio principal,
há o predomínio de rios intermitentes, que desaparecem no período seco.
2
Os solos da Caatinga podem ser argilosos, arenosos ou rasos e pedregosos. Como as
chuvas são escassas, ocorre a preservação dos nutrientes minerais, o que possibilita a prática agrícola
sob um adequado sistema de irrigação. Quanto aos nutrientes orgânicos, esses solos são pobres, já
que a vegetação é rala e o clima seco não facilita a decomposição das folhas que caem sobre os solos.
Apesar da fertilidade natural dos solos argilosos, existe a possibilidade de salinização, que pode
torná-los estéreis devido à precipitação de partículas minerais, que têm origem nas áreas mais
profundas das bacias sedimentares presentes na região.
A vegetação compreende matas secas e campos. A Mata Seca, também chamada de
Caatinga Arbustiva, é decídua . perde as folhas na estiagem e xerófita, com folhas grossas e miúdas,
que dificultam a transpiração; também é rica em espécies frutíferas e outras que permitem a produção
de fibras, ceras e óleos vegetais. Os Campos Secos das chapadas correspondem a associações de
vegetação rasteira e cactus, instalados sobre solos rasos, como ocorre em Seridó ( RN ).

O Domínio do Cerrado

O Cerrado é um domínio de grande biodiversidade que pertence ao bioma das Savanas,
com formações vegetais que apresentam dois estratos: um arbustivo e outro herbáceo. Essa paisagem
integra um relevo de planaltos com chapadões sedimentares, a vegetação savânica, o clima Tropical
Semi-úmido, solos arenosos e ácidos, sujeitos ao problema da laterização.
O clima do Cerrado apresenta médias térmicas elevadas (entre 20º C e 28º C ), chuvas
concentradas no verão, em decorrência da atuação da massa de ar Equatorial Continental, e do
inverno seco.
Quanto à hidrografia, é importante salientar que a região corresponde ao principal divisor
de águas do país, onde localizam-se as nascentes de importantes bacias hidrográficas, como a do
Araguaia-Tocantins, a do São Francisco e a do Paraná.
A origem dos solos está associada a sedimentos antigos, que vem se transformando há
milhares de anos. Observa-se a pobreza em cálcio e nutrientes minerais, apesar das altas
concentrações de alumínio e ferro, que contribuem para a formação de carapaças ferruginosas
denominadas lateritas.
O Cerrado Arbóreo é formado por árvores tortuosas e espaçadas, com tronco de cortiça
espessa, folhas grossas e ásperas e aspecto xeromórfico; as raízes são longas, com até 15 m, e
capazes de buscar a água no lençol freático em profundidade, no período seco.
Essa formação vegetal é sujeita às queimadas naturais que, quando ocorrem em
pequenas extensões, compõem a sua dinâmica, evitando que as gramíneas dominem a biodiversidade
e tornem as terras impróprias para a fauna local; o fogo promove o rebrotamento de várias espécies e
cria hábitat adequado para a Ema e o Veado Campeiro.
Como essa região tem sido ocupada, desde os anos 70, pelas monoculturas comerciais
mecanizadas, tem ocorrido o desmatamento e a utilização da queimada como forma de manejo
agrícola. Isso leva à perda da biodiversidade, prejudica a fauna local de mamíferos e destrói as
matas-galeria, que protegem a rede de drenagem, junto aos rios.

Domínio das Araucárias

Esse domínio está localizado nos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, onde se
observa uma estrutura geológica que alterna camadas de arenito e basalto, que contribui para a
ocorrência dos solos de terra-roxa, de elevada fertilidade natural devido à constituição argilosa e ao
alto teor de ferro presente em sua constituição.
A Floresta de Araucárias está associada com a ocorrência do clima Subtropical de
temperaturas moderadas, com chuvas bem distribuídas no decorrer do ano e elevadas amplitudes
térmicas, sofrendo a influência da massa Polar Atlântica.
Essa floresta adapta-se ao clima úmido, com precipitações superiores à 1200 mm por
ano, e à altitudes mais elevadas; no Sul do país sempre ocorre acima de 600 m e na Serra da
Mantiqueira, localizada no Brasil tropical, só aparece nas áreas acima de 1200m.
3
A floresta subtropical brasileira é aciculifoliada e homogênea com o predomínio do
pinheiro da Araucária Angustifólia e do Podocarpus, associados com algumas outras espécies, como é
o caso da Erva-mate e da Canela. Esse é o hábitat da Gralha Azul, a principal ave responsável pela
dispersão das espécies vegetais.
A Mata de Araucárias também já sofreu uma grande devastação e dela restam apenas
alguns pequenos núcleos de floresta original. O seu desaparecimento deve-se à extração de madeiras e
também esteve relacionado coma expansão da agricultura, só que, nesse caso foi a pequena produção
comercial desenvolvida pelas famílias dos descendentes de imigrantes que ocuparam o sul do país.
O Domínio das Pradarias

O domínio morfoclimático das Coxilhas com Pradarias Mistas está localizado no extremo
sul do país, na região conhecida como Campanha Gaúcha. Essa paisagem integra o relevo de coxilhas,
com colinas baixas e amplas, um clima Subtropical mais seco do que o da região da Mata de
Araucárias e solos férteis, contendo elevados teores de nutrientes minerais e orgânicos.
Os campos do sul estão correspondem à formações herbáceas com extensos banhados ao
redor de lagunas e na região costeira ou apresentam-se como extensas formações de gramíneas,
entremeadas por matas de Araucária, no interior da região.
Dos campos originais, restam apenas 2% na atualidade. Seu desaparecimento esteve
relacionado com a prática da pecuária extensiva de corte e com expansão da agricultura comercial,
principalmente os cultivos de trigo e da soja.


Exercícios
01. (FGV . SP) De acordo com o geógrafo Aziz N. Ab.Sáber, o território brasileiro é constituído por seis
domínios morfoclimáticos e fitogeográficos, além de faixas de transição. A esse respeito é correto
afirmar que o domínio:
a. dos mares de morros tropicais englobam mais cerrados do que áreas florestadas.
b. das caatingas é predominantemente de clima semi-árido com depressões interplanálticas.
c. dos planaltos de araucárias e as pradarias mistas caracterizam a paisagem do sudeste brasileiro.
d. dos cerrados ocupa regiões topográficas e hidrológicas similares ao domínio da caatinga.
e. das terras baixas amazônicas, com floresta equatorial, circunscreve-se apenas ao território brasileiro.

02. (VUNESP) Trata-se de uma área de topografia com baixas altitudes, que sofre inundações por ocasião
das cheias do rio principal e seus afluentes. A vegetação é variada, apresentando espécies da Floresta
Amazônica, da Caatinga, dos Campos, das Palmáceas e do Cerrado. É a cobertura vegetal mais
heterogênea do Brasil, cobrindo ampla planície e estendendo-se também para a Bolívia.
O texto refere-se ao
a. Pantanal.
b. Chaco.
c. Pampa.
d. Agreste.
e. Mangue.

03. (Mackenzie . SP) As áreas mais atingidas pelo processo de degradação de paisagens, em conseqüência
do desmatamento excessivo que intensificou os processos erosivos, pertencem aos estados de São
Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, e foram ocupadas pelo desenvolvimento agrícola.
O texto faz referência ao domínio morfoclimático:
a. das Coxilhas Subtropicais com Pradarias.
b. dos Mares de Morros Florestados.
c. dos Chapadões com Florestas-galerias.
d. dos Planaltos Subtropicais com Araucárias.
e. das Terras Baixas com Florestas Equatoriais.

04. (UFRS) Observe os perfis e solo 1, 2 e 3, característicos de três dos domínios morfológicos existentes
no Brasil.
Eles, são, respectivamente, representações esquemáticas de solos dos domínios morfológicos
a. amazônico, da caatinga e dos mares de morro.
b. amazônico, dos mares de morro e do cerrado.
c. da caatinga, do cerrado e do amazônico.
d. do cerrado, da caatinga e do amazônico.
e. do cerrado, do amazônico e da caatinga.

05. (UNIFOR . CE) Entre as regiões brasileiras, a Amazônia é a de maior extensão territorial e onde as
condições ambientais estão melhor conservadas. Das alternativas abaixo, marque a que corretamente
caracteriza os aspectos geográficos dessa região:
a. as terras baixas ocupam a maioria de sua extensão, estando as de maior altitude situadas ao norte
da região no planalto das Guianas;
b. os rios são perenes e torrentosos ou caudalosos e intermitentes;
c. os solos são em geral muito férteis e apropriados para a agricultura convencional;
d. a biodiversidade é caracterizada por um pequeno número de espécies, representadas por grande
quantidade de indivíduos;
e. a pecuária e o extrativismo vegetal vêm-se desenvolvendo de forma integrada.

Gabarito

01. Alternativa b.
O Domínio da Caatinga localiza-se no interior do Nordeste, nas depressões Sertaneja e do
São Francisco. Sua paisagem relaciona o relevo de depressão interplanáltica, o clima Semi-árido, a
formação vegetal xerófita da Caatinga e o predomínio de rios temporários com a presença de solos
rasos, férteis e sujeitos à salinização. Consulte as características dos outros domínios, apresentadas no
resumo teórico, para identificar os erros presentes nas outras alternativas.

02. Alternativa a.

O texto remete à paisagem do Pantanal Matogrossense que, no contexto dos domínios
morfoclimáticos de Ab.Sáber, está localizada numa das faixas de transição. O Pantanal apresenta uma
formação vegetal complexa, é submetido ao clima Tropical Semi-úmido e está localizado numa
planície sedimentar quaternária de baixas altitudes, sujeita à inundações decorrentes das chuvas de
verão.

03. Alternativa b.
Como você pode observar a seguir, a degradação ambiental e a retirada da vegetação
original são destacadas em 4 importantes formações vegetais brasileiras:
Floresta Amazônica......................................... 9%
Cerrado .......................................................... 47%
Mata Atlântica ............................................... 90%
Caatinga ........................................................ 97%
Mata de Araucárias ....................................... 96%
Pradarias........................................................ 98%
Mesmo assim, o exercício remete ao domínio dos Mares de Morros, recobertos pela
Mata Atlântica, nos estados do Sudeste brasileiro. Nessa região, a expansão da agricultura comercial .
principalmente a cafeicultura . foi a principal responsável pela retirada da floresta, o que deu origem a
um intenso processo erosivo. O desmatamento em área de relevo íngreme e sujeita ao clima Tropical
Litorâneo Úmido deixou os solos desprotegidos, onde a erosão superficial e os escorregamentos de
terra são freqüentes.

04. Alternativa d.
Observe no quadro abaixo as principais características e problemas observados nos solos
do Cerrado, da Amazônia e da Caatinga.

Domínio Características do Solo Problemas do Solo
Cerrado Solos ácidos, arenosos, com
baixos teores de matéria
orgânica e baixos teores de
nutrientes minerais
Laterização
Caatinga Solos rasos, com elevados teores
de nutrientes minerais e baixos
teores de nutrientes orgânicos
Salinização
Amazônico Solos arenosos, ácidos, com
baixos teores de nutrientes
minerais e elevados teores de
nutrientes orgânicos, devido ao
espesso mento de decomposição
que os recobre
Lixiviação e laterização

05. Alternativa a.
A paisagem do domínio Amazônico integra o relevo de terras baixas, o clima Equatorial
superúmido, a Floresta Latifoliada Equatorial de grande biodiversidade, os rios de grande porte e os
solos ácidos e arenosos. Nessa região, as maiores altitudes são observadas no Planalto das Guianas,
onde encontra-se um importante conjunto de serras e o Pico da Neblina, o ponto culminante do
Brasil.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Geografia para Vestibular

IDH - Índice de Desenvolvimento Humano - Estados Brasileiros
Por Geografia Publicado Hoje Geografia Vote
GEOGRAFIA

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IDH - Índice de Desenvolvimento Humano - Definição
O IDH é um índice criado pelo PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e calculado para diversos países desde 1990. Originalmente proposto para medir a diferença entre países, foi adaptado para ser aplicado também a Estados e municípios.

O Índice (De 0 até 1)
O índice vai de 0 a 1 - quanto mais perto do 1, maior é o desenvolvimento humano ou seja, melhor é a qualidade de vida . Em nível mundial, a Noruega e Islândia (Europa) têm IDH de 0,968 numa posição intermediária o Brasil com IDH de 0,800 e no final da tabela, Serra Leoa na África com IDH de 0,336. O IDH tem como objetivo expressar a qualidade de vida nos países e locais em que é calculado.

O cálculo
É feito pela média simples de três componentes: IDH Longevidade: indicador de longevidade, medida pela esperança de vida ao nascer.
IDH Educação: indicador de nível educacional, medido pela combinação da taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais (com peso 2) e da taxa bruta de matrículas nos três níveis de ensino (fundamental, médio e superior) em relação à população de 7 a 22 anos de idade (com peso 1). Para regiões, Estados e municípios do Brasil, usa-se a taxa de freqüência.
IDH Renda: indicador de renda, medido pelo PIB real per capita em dólares, segundo o critério de Paridade do Poder de Compra. Para regiões, Estados e municípios do Brasil, usa-se a renda familiar per capita.

Metodologia
Para analisar a variação dos níveis de desenvolvimento humano nos Estados brasileiros e no país como um todo, o relatório calculou os dados do IDH de 1991 a 2005. O resultado, porém, é fruto de uma metodologia diferente da usada pelo PNUD nos Relatórios de Desenvolvimento Humano e no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. O cálculo é feito com base na PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), um levantamento socioeconômico feito anualmente pelo IBGE.

Do Norte para o Sul
Os números mostram uma clara divisão do IDH. Estados do Norte e nordeste (piores IDH), estados do Sul, sudeste e centro-oeste (melhores IDH). Brasília no Centro-oeste ocupa a primeira colocação com um IDH de 0,874, superior ao de países como a Argentina e Emirados Árabes Unidos.

Explicação

Geográfica
Essa condição, mostrando um país em que o IDH é menor nas regiões norte/nordeste e aumenta na direção sudeste/centro-Oeste/sul tem explicação na geografia econômica do Brasil, onde a produção, atividade econômica e renda ainda estão muito mais concentrada nestas regiões.

Maiores IDH's
Brasília no Centro-oeste ocupa a primeira colocação com um IDH de 0,874, O segundo lugar no IDH é de Santa Catarina (o Estado que mais melhorou no ranking de 1991 até 2005, ganhando três posições), com 0,840. Em seguida vem São Paulo (que registrou o segundo menor crescimento desde 1991), com 0,833.

Menores IDH's
Alagoas, que tinha o pior IDH em 1991, continuou na mesma posição em 2005, com 0,677. Da mesma forma, Maranhão, Piauí e Paraíba não deixaram de ser o segundo, terceiro e quarto piores, respectivamente.

Lenta Melhora
Entre 1991 e 2005, o IDH de todas as unidades da Federação melhorou. A região Nordeste, que registra os piores números desde a década passada, foi a que teve também o maior crescimento do índice: 16,3%. Depois vêm Sudeste e Centro-Oeste, ambos com 10,9%. O Sul, que mantém os seus três Estados entre os seis primeiros IDHs também desde a década passada, foi o que menos evoluiu no indicador: 8,5%. Dos dez Estados com maior variação no índice, nove são nordestinos. Os de melhoria mais forte foram Paraíba, Piauí e Bahia.

Educação - Fator de Evolução do IDH
O vetor da melhoria recente está, segundo o relatório, na educação. Das três dimensões do IDH (renda, educação e longevidade), o destaque foi a elevação da instrução. Em todas as unidades da Federação o índice de educação foi o que mais cresceu entre 1991 e 2005. A evolução do IDH-Educação - e, de modo menos pronunciado, do IDH-Longevidade - contribuiu para que diminuísse consideravelmente a diferença (...) entre os níveis de desenvolvimento das regiões brasileiras.

Deslocamento do Eixo Produtivo
Mesmo que de forma lenta, mas há uma certa desconcentração geográfica do processo produtivo em curso. Setores como o calçadista, de automóvel, estão se expandindo tanto da região metropolitana para o interior quanto do Sul/Sudeste para o Nordeste. Isso leva a aumento de renda per capita, de exigência por mão-de-obra qualificada (o que influi na educação) e, conseqüentemente, a maior atendimento público de saúde - o que influi na longevidade.

Desastres Ambientais


Na Ásia, mar de Aral já encolheu 90% e tudo virou deserto.A desertificação do mar de Aral, situado na Ásia Central entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, é um dos desastres ambientais mais chocantes do mundo. Foi assim que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, classificou o problema depois de sobrevoar a região.

Ban Ki-moon fez uma parada em Muynak, no Uzbequistão, cidade que beirava o mar. Hoje, no lugar da água existe um imenso deserto arenoso e o que se vê são camelos andando entre diversos navios encalhados.

O mar de Aral que já foi um dos quatro maiores da Terra e encolheu surpreendentemente 90% em nove décadas. Em 1920, os rios que o alimentavam foram desviados durante um projeto soviético de irrigação de plantações de arroz, cereais e algodão.

Inicialmente o plano deu certo e em pouco tempo o Uzbequistão tornou-se o terceiro maior exportador de algodão do mundo. Com o passar dos anos, canais mal construídos geraram grande perda da água por vazamento e evaporação. Entre 1961 e 1970, o nível do mar baixou 20 cm por ano em média. Ao mesmo tempo, a concentração de sal da água ficou cinco vezes mais alto acabando com a economia pesqueira da região.

O solo coberto por camadas de areia extremamente salgada não serve mais para nada e causa problemas de saúde a população. A pouca água que restou está poluída. A transformação da paisagem também mudou o clima no local. As temperaturas têm sido mais baixas no inverno e mais altas durante o verão.


Clique para ampliar
"É claramente um dos piores desastres ambientais do mundo. Eu fiquei chocado”, declarou Ban Ki-moon após visita à região nos primeiros dias de abril. "Peço que todos os líderes sentem-se e tentem encontrar soluções", acrescentou o secretário geral da ONU que ainda prometeu ajuda das Nações Unidas.

A paisagem atual é de apenas lagos dispersos. Segundo Ban Ki-moon, a briga de países vizinhos por recursos hídricos não pode atrapalhar o empenho em tentar fazer algo para minimizar o quadro.


Desertificação
Até 1960, o Mar Aral tinha 68 mil km quadrados de área, com volume estimado em 1.100 km cúbicos de água. Em 1998 sua superfície estava reduzida a 29 mil km quadrados e o volume despencou para 220 km cúbicos. Neste período a salinidade da água subiu proporcionalmente de 10 para 45 gramas de sal por litro de água.

O drama do Aral pode ser melhor compreendido observando as imagens acima, registradas pelo satélite europeu Envisat entre os anos de 2006 e 2009. As cenas mostram uma dramática retração de 80% do lóbulo oriental do lago, que na imagem de 2006 já tinha apenas tinha 11 mil km quadrados. Em 2007 a área era de apenas 10% da original e a salinidade atingiu 100 gramas por litro de água.

O constante esvaziamento do lago deu lugar a um deserto branco e salgado de 40 mil km quadrados, chamado Aral Karakum. Todos os anos as tempestades de areia varrem do leito seco aproximadamente 150 mil toneladas de sal e areia, que são transportadas por centenas de quilômetros causando graves problemas de saúde na população local e tornando os invernos regionais mais frios e os verões mais quentes

Terremotos


Apesar dos últimos acontecimentos ocorridos no Haiti, Turquia, Chile e Baixa Califórnia, ou mesmo a série de abalos sucessivos registrados atualmente na Turquia terem chamado a atenção da imprensa e das pessoas de modo geral, não existe qualquer comprovação científica de que os tremores estejam aumentando. Nem este ano, nem nas décadas passadas.

Tremores como o que aconteceu no Chile, de 8.8 graus ocorrem em média duas vezes ao ano em todo o planeta, portanto ainda podemos esperar pelo menos mais um abalo dessa magnitude. A única exceção ocorreu em 2004, quando foram registrados quatro abalos nessa faixa de intensidade. Eventos com magnitude entre 7.0 e 7.9, similares aos registrados na Baixa Califórnia em 4 de abril ou norte de Sumatra, no dia de ontem (7 de abril), ocorrem em média 14 vezes ao ano.

Em 2009 ocorreram 16 abalos nessa faixa e nos últimos 500 anos foram registrados pelo menos uma dúzia deles somente na região caribenha. Um deles, de 7.6 graus (oito vezes mais intenso que o do Haiti), atingiu a República Dominicana em 1946 deixando mais de 20 mil desabrigados.


Fatores principais
Existem diversos fatores que contribuem para a sensação de que os terremotos estejam aumentando, mas a rápida expansão nas telecomunicações e o aumento nas estações registradoras são apontados como o principal responsável por essa impressão. Em 1931, a rede sismográfica mundial contava com menos de 400 estações registradoras e atualmente esse número ultrapassa 4 mil. Somente os EUA possuem 8 mil estações.


Terremotos atuais
Diariamente ocorrem mais de cem terremotos na faixa de 2.5 graus de magnitude ao longo da falha de San Andreas, mas por serem corriqueiros passam praticamente despercebidos. No entanto, depois do terremoto de 7.8 graus ocorrido na Baixa Califórnia no último domingo, o USGS, órgão norte-americano responsável pelo monitoramento sísmico no país passou a divulgá-los diariamente, elevando tremendamente o número de eventos conhecidos e informados pela imprensa.

O incremento de estações e a capacidade de disseminar os dados registrados mais rapidamente através de satélites, telex e internet permitiu aos centros sismológicos localizar pequenos abalos praticamente indetectáveis anos atrás, tornando sua divulgação praticamente imediata, colaborando ainda mais para a sensação de aumento de sismos.

2010
Esse ano está testemunhando uma sequência notável de eventos entre 6.9 e 7.0 graus que estão ocorrendo de forma menos espaçada, mas é necessário mais tempo para avaliar se a quantidade ficará ou não dentro da média. Mesmo assim, é importante destacar que os eventos principais não estão ocorrendo na mesma zona ativa e sim em pontos separados do planeta, sobre placas tectônicas diferentes. O evento do Chile, por exemplo, ocorreu na junção entre as placas sul-americana e de Nazca enquanto que o da Baixa Califórnia ocorreu sobre a falha de San Andreas, ambas distantes do norte de Sumatra, localizada sobre a placa indo-australiana.

Até o presente momento, cientificamente não existe qualquer relação entre os sismos ocorridos e a proximidade entre os eventos só pode ser atribuído ao acaso.