sábado, 24 de abril de 2010

Terremotos no Brasil: Sismógrafos serão instalados em Pernambuco!

Moradores de Cupira e Belém de Maria, na zona da mata e agreste de Pernambuco, estão assustados com a frequência dos tremores de terra que vêm atingindo a região. Desde o último fim de semana, foram registrados pelo menos 60 pequenos abalos nos municípios. O maior teve intensidade de 2,8 graus na escala Richter.



Embora sem grandes estragos, os tremores provocaram rachaduras nas paredes de algumas casas e estão deixando a população insegura. Por isso, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) resolveram instalar seis sismógrafos em Belém de Maria até o próximo domingo (25).

Os sismógrafos vão monitorar o solo e ajudar a identificar a área exata aonde os tremores vêm ocorrendo. Segundo os estudiosos, esta é a primeira vez que tremores de terra são registrados em Belém de Maria. Há pouco mais de um mês, o município pernambucano de Alagoinha também sentiu sucessivos abalos, sendo o maior de magnitude 3,2 graus.

Pernambuco, Ceará e o Rio Grande do Norte são os Estados com maior atividade sísmica do Brasil. Estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte já identificaram falhas geológicas e vários fragmentos de rochas antigas sob a Região Nordeste, que favorecem os abalos. Os eventos ocorrem por acomodações nas camadas geológicas e são sempre de baixa profundidade.


Terremotos no Brasil
Entre 15 e 20 sismos são registrados anualmente no Brasil, a maioria com magnitude próxima a 2.5 graus.


O país possui uma rede sismográfica muito pequena, incapaz de apresentar dados estatísticos satisfatórios e muitos sismos de pequena magnitude não são detectados, principalmente quando ocorrem em regiões distantes ou isoladas.

Um aumento na quantidade de estações revelaria um cenário bastante diferente, com um número de tremores bem maior do que o registrado atualmente.


Maior terremoto no Brasil
O terremoto mais intenso já registrado no Brasil ocorreu em Porto dos Gaúchos, no norte de Mato Grosso, em 31 de janeiro de 1955. Na ocasião os sismógrafos registraram 6.2 graus de magnitude.

O Estado de São Paulo também já registrou abalos significativos. Em 1922 um violento abalo de 5.2 graus foi registrado na cidade de Mogi-Guaçu e em 22 de abril de 2008, outro tremor de 5.2 graus ocorrido no litoral paulista foi sentido com muita intensidade em diversas cidades do Estado, além de Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Eyjafjallajökull: Conheça o vulcão que colocou em xeque a Europa!

Nos últimos dias, o mundo testemunhou com perplexidade os gigantescos transtornos causados por um vulcão praticamente desconhecido, localizado na distante Islândia. Desde o século 19 o vulcão estava adormecido, mas no dia 21 de março de 2010 rompeu o silêncio e provocou a maior explosão piroclástica da Islândia dos últimos 200 anos, mergulhando a Europa em um gigantesco caos aéreo sem precedentes.



Localizado no sul da Islândia, o glaciar Eyjafjallajökull (pronuncia-se "Eia fiatlai ohut") é um estratovulcão de 1660 metros de altitude e a última vez que entrou em erupção foi no ano de 1821 e manteve-se altamente ativo até 1823, após duas erupções ocorridas em 920 e 1612.

Seu domo de gelo cobre uma cratera de aproximadamente 2.5 km de diâmetro e durante a erupção de 1821 causou uma severa inundação ao romper um lago glacial. A explosão de março de 2010 forçou a evacuação de 500 pessoas da região, mas foi a erupção de 14 de abril - 20 vezes mais poderosa - que causou o blecaute aéreo em todo o norte da Europa, ao lançar sobre o continente milhões de toneladas de poeira que ameaça se propagar por todo o continente.



Segundo relatório do Instituto de Ciências da Terra, da Islândia, a primeira erupção expeliu 140 milhões de metros cúbicos de tefra (cinzas vulcânicas), além de 70 milhões de metros cúbicos de magma, jorrados à razão de 300 m3/s ou aproximadamente 750 toneladas por segundo.

A pluma de material vulcânico que causou o blecaute aéreo na Europa foi provocada pela fase explosiva da erupção que teve início em 14 de abril. Durante essa fase a maior parte do fluxo de lava foi jorrada da cratera no topo da geleira Eyjafjallajökull e também das fissuras laterais da montanha, descobertas ou formadas após a violenta explosão. Diversos pontos de vazamento de material piroclástico foram abertos e contribuíram para o derretimento do gelo no entorno, que provocou as fortes enxurradas de água misturada às cinzas vulcânicas que descem pelos flancos.

A lava jorrada na fase inicial é do tipo basalto de composição álcali-olivina, comum em regiões oceânicas, com 47% de sílica.



A fase explosiva da geleira foi precedida por uma grande quantidade de tremores de pequena magnitude iniciada às 23h00 de 13 de abril, seguida por um forte abalo que marcou a erupção. Os primeiros sinais do degelo ocorreram às 7 horas da manhã seguinte e algumas horas depois a pluma de cinzas e fumaça já atingia mais de 8 mil metros de altitude.

Em poucas horas a mistura de água e cinzas chegou às regiões mais baixas do vulcão, destruindo estradas, infra-estruturas e fazendas, obrigando as autoridades locais a evacuar pelo menos 700 pessoas do entorno da montanha.

Impulsionada pelos ventos vindos de noroeste, a grande pluma de cinzas atingiu o continente europeu no dia 15 de abril, causando o colapso aéreo amplamente noticiado pela imprensa e forçando a suspensão de mais de 70 mil voos até 19 de abril.

Saúde
Além do gigantesco prejuízo financeiro, as cinzas vulcânicas também preocupam as autoridades de saúde. Segundo o pesquisador Jay Miller, ligado à Universidade do Arizona, as cinzas podem ser "um verdadeiro assassino" caso sejam inaladas pelas pessoas. "Quando a lava do vulcão a 1200 graus toca a água, é produzida uma cinza muito fina que contém pequenas partículas de vidro. Quando inaladas, seria como rasgar literalmente os pulmões", adverte o cientista.

Islândia
A Islândia está localizada no norte do Oceano Atlântico e geologicamente é considerada uma ilha bastante nova e ainda em formação.



Cortada pela dorsal Meso Atlântica, a ilha é praticamente rasgada por uma grande falha geológica criada pelo distanciamento entre a placa tectônica norte-americana, ao leste e eurasiana, a oeste. Essa "rachadura" se afasta cerca de 3 cm por ano e é responsável por um intrincado sistema de vulcões submarinos interligados e do hot spot que forma a Islândia.

Hot spot, ou ponto quente é uma área da superfície continental ou oceânica que sofreu vulcanismo ativo por muito tempo e onde há liberação de material magmático. Ao entrar em contato com a água esse material incandescente se solidifica, formando novas ilhas ou aumentando o território. Um exemplo bastante conhecido de Hot Spot são as ilhas do Havaí.

Possibilidades
Após o episódio da erupção do Eyjafjallajökull, vulcanólogos acreditam que a descompressão do gelo causada pelo derretimento de grandes massas, além de outros fatores, pode acelerar processos eruptivos em outros vulcões da região. Um desses vulcões é o Katla, o maior vulcão da Islândia e localizado sobre a fissura vulcânica de Laki, próxima ao Eyjafjallajökull.

No entender de alguns pesquisadores, uma erupção nesse sistema poderia provocar uma nuvem de cinzas dez vezes maior que a atual, com consequências imprevisíveis.

Cientistas estudam evidências de atividade vulcânica em Vênus!

O planeta Vênus, o mais semelhante à Terra em tamanho e massa, ainda pode estar geologicamente ativo. Os cientistas conseguiram descobrir sinais precisos de atividades vulcânicas e o derramamento recente de lava na superfície de Vênus.



Através da combinação de dados da Venus Express (da Agência Espacial Européia) e da nave Magellan (da NASA), a agência espacial americana mapeou 98% do planeta entre 1990 e 1994.

Os pesquisadores trabalham com a hipótese de que a lava derramada possa ser responsável pelo alisamento do solo do planeta. Vênus tem apenas mil crateras, um número considerado baixo se comparado à superfície de outros planetas do nosso sistema solar.

Os estudiosos ressaltam ainda que a taxa de vulcanismo poderá ajudar a entender o funcionamento do interior do planeta e os gases na sua atmosfera. De acordo com os pesquisadores, a região estudada em Vênus é geologicamente similar ao Havaí.

A atividade vulcânica coloca Vênus entre os poucos corpos do sistema solar com este tipo de fenômeno nos últimos três milhões de anos, o que novamente o aproxima da Terra. O surgimento dos dois planetas é estimado mais ou menos em 4,5 milhões de anos. Apesar de fortes semelhanças, Vênus tem uma superfície muito mais quente que a Terra capaz de derreter chumbo no solo e uma pressão 90 vezes maior que o nosso planeta.

Em julho de 2009, a Agência Espacial Européia, divulgou o primeiro mapa do hemisfério sul do planeta Vênus. Os resultam sugeriram a existência de continentes e um oceano no planeta e mais uma vez reafirmaram as semelhanças entre Vênus e a Terra.

domingo, 18 de abril de 2010

Imagem de satélite mostra esteira de fumaça de vulcão na Islândia.

A forte atividade do vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia, provocou uma densa coluna de cinzas com mais de seis quilômetros de altura nas últimas 24 horas. Esta é a segunda vez, em menos de um mês, que o vulcão entra em erupção.



Especialistas afirmam que a atividade do vulcão está mais intensa gerando explosões, mas não há sinais de derramamento de lava. Cerca de 700 pessoas já foram retiradas de suas casas e estão em abrigos montados pela Cruz Vermelha.

Todo o tráfego aéreo na parte norte da Europa está prejudicado. O Serviço de Controle do Tráfego Aéreo Nacional (NATS) decidiu restringir os voos comerciais por cautela, já que as partículas de cinzas podem ser aspiradas pelos aviões e oferecer grande risco. Foram registrados cancelamentos em diversos voos em aeroportos da Grã Bretanha, Dinamarca, Noruega e Suécia.

Meteoro risca o céu e explode no meio-oeste americano.

Uma grande bola de fogo vinda do espaço cruzou o céu de pelo menos cinco estados americanos e em seguida explodiu na alta atmosfera produzindo um forte clarão. O evento ocorreu na noite de quinta-feira e foi testemunhado por milhares de pessoas, além de ter sido detectado por diversos radares meteorológicos dos EUA.



Como não havia qualquer informação sobre reentrada de satélites ou lixo espacial, é possível que o bólido seja proveniente do espaço e tenha penetrado a atmosfera terrestre a mais de 40 mil quilômetros por hora. Considerando-se eventos anteriores, o clarão parece ter sido provocado por um objeto de grandes proporções, de aproximadamente 1 metro de comprimento com 1 tonelada de peso.

Não se sabe exatamente a origem do meteoroide, mas existe a possibilidade do bólido ser um fragmento da chuva de meteoros Gamma Virgem, que vai de 14 a 21 de abril, com pico entre quarta-feira e quinta-feira passadas, mas essa é apenas uma das hipóteses levantadas.

Além das testemunhas oculares, o bólido também foi registrado pelo radar Doppler do NWS, o Serviço Meteorológico dos EUA, que detectou a trilha de fumaça deixada pela fulgurante passagem na atmosfera. Observadores em Minnessota reportaram que o evento foi acompanhado por um estrondo similar ao produzido por aviões quando quebram a barreira do som e fez balançar casas, janelas e vários outros objetos.
A bola de fogo permaneceu visível por aproximadamente 15 minutos e foi vista no céu de Minnesota, Wisconsin, Iowa, Illinois e Missouri.

Meteoroides
Os meteoróides derivam de corpos celestes como cometas ou asteróides e podem ter origem em ejeções de cometas que se encontram em aproximação ao sol, na colisão entre dois asteróides ou até mesmo ser um fragmento do que sobrou da criação do Sistema Solar.



Ao penetrar em alta velocidade na alta atmosfera terrestre, o material incandesce com o atrito, fragmenta e desintegra, tornando-se um meteoro. Se pedaços grandes desse objeto conseguem resistir ao calor e chegar até a superfície, recebe o nome de meteorito.

Meteoros de grande porte, como o que atingiu o Canadá em novembro de 2008 são raros e a cada ano menos de cinco são registrados.

Apesar de comuns, nem sempre essas enormes bolas de fogo são vistas. A maioria delas, cerca de 70%, cruza o céu sobre áreas inabitadas ou sobre os oceanos. A metade ocorre durante o dia, praticamente imperceptíveis devido à presença do Sol. Outra grande parte também não é vista simplesmente porque ninguém está olhando o céu naquele momento.