sábado, 1 de janeiro de 2011

Aquecimento global - causas Mudanças climáticas afetam vida no planeta !

O aquecimento global é o resultado da emissão excessiva de gases do efeito estufa na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2). Esse excedente forma uma camada que fica mais espessa a cada ano, impedindo a dispersão da radiação solar e, em consequência, aquecendo exageradamente o planeta.

O aquecimento global está ligado a fenômenos como o degelo nas regiões polares e o agravamento da desertificação. Um aumento de 1o C na temperatura média da Terra seria o suficiente para alterar o clima de várias regiões, afetando a biodiversidade. De acordo com os cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima, da ONU, o século 20 foi o mais quente dos últimos 500 anos, com aumento da temperatura média entre 0,3 oC e 0,6 o C.

Segundo os cientistas, as causas do aquecimento global são, principalmente, a derrubada de florestas e a queima de combustíveis fósseis - petróleo, carvão e gás natural -, atividades cada vez mais intensas desde o início da Revolução Industrial, em meados do século 18. Esses três combustíveis correspondem a mais da metade das fontes de energia do mundo. Formam, portanto, a base da atividade industrial e dos transportes.

Entre as causas, ainda podemos citar o excesso de gases como metano e óxido nitroso, que são gerados, sobretudo, pela decomposição do lixo, pela pecuária e pelo uso de fertilizantes.
Substâncias químicas artificiais
O dióxido de carbono é um gás essencial à vida, produzido pela respiração dos seres vivos, pela decomposição de plantas e animais, e também na queima de combustíveis fósseis e de florestas. O tempo de sua permanência na atmosfera é de 100 anos, no mínimo. O principal processo de renovação do gás é a sua absorção por oceanos e florestas. No início do século 21, o planeta Terra emite entre oito e nove bilhões de toneladas de CO2 por ano. Desse total, 80% vem da queima de combustíveis fósseis.

As emissões de substâncias químicas artificiais - sobretudo os clorofluocarbonos (CFC), desenvolvidos na década de 1930 para serem usados especialmente como fluidos refrigerantes em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado - intensificam as reações químicas que destroem o ozônio. Sem a camada de ozônio absorvendo parte da radiação ultravioleta B (UVB) emitida pelo sol, as plantas teriam uma redução na capacidade de fotossíntese e haveria maior incidência de câncer de pele e catarata nos humanos.

A diferença entre efeito estufa e aquecimento global é que o efeito estufa é um fenômeno atmosférico natural, em que os gases da atmosfera funcionam como um anteparo, deixando passar a luz solar para seu interior, mas aprisionando o calor. Sem esse processo seria impossível a vida na Terra, já que a temperatura média seria 33o C menor. Já o aquecimento global é causado pelas atividades humanas e resulta no agravamento desse processo natural.

Quanto ao aparecimento de buracos na camada de ozônio, trata-se de um processo natural, já que, em certas épocas do ano, reações químicas na atmosfera produzem aberturas na camada, mas que depois se fecham. No entanto, a atividade humana acentuou esse processo.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Rachadura na magnetosfera causa tempestade magnética na Terra!

Na tarde dessa terça-feira, os cientistas espaciais foram quase pegos de surpresa ao detectarem uma rápida tempestade geomagnética sem motivo aparente. A tempestade foi prevista com menos de duas horas de antecedência através de modelos matemáticos e provocou fortes auroras nas latitudes mais elevadas.

De acordo com os pesquisadores do Centro de Previsão de Clima Espacial dos EUA, SWPC, o fenômeno não foi causado devido às tempestades aleatórias que ocorrem na superfície solar, mas por uma rachadura que se abriu na magnetosfera da Terra e que permitiu que o vento solar penetrasse nas camadas mais elevadas da atmosfera.

A tempestade dessa terça-feira foi classificada como de classe G1, de pequena intensidade, e por não ter sido causada por distúrbios de forte intensidade na superfície do Sol, não provocou alterações no fluxo de raios-x registrado pelos satélites geoestacionários que medem a energia emitida pela estrela. Em outras palavras, a tempestade geomagnética não deu sinais de que iria ocorrer.


Rachaduras
Apesar de invisível, nosso planeta é cercado por uma espécie de bolha magnética chamada magnetosfera, criada pelos movimentos ocorrem na região dos núcleos da Terra. Essa bolha é fundamental para a proteção do Planeta contra as partículas emitidas pelo Sol e sem ela a vida na Terra seria praticamente impossível.

No entanto, estudos recentes mostraram que algumas vezes essa bolha desenvolve enormes rachaduras que podem permanecer abertas por horas. Quando isso acontece, as partículas solares penetram em nosso planeta e ionizam a ionosfera a 160 km de altitude, produzindo os distúrbios geomagnéticos como o ocorrido nesta terça-feira.

Os primeiros trabalhos sobre as rachaduras na magnetosfera foram realizados em 1961, por Jin Dungey, do Imperial College, no Reino Unido. As pesquisas mostraram que a anomalia podia se formar quando o campo magnético das partículas vindas do sol tinha orientação oposta a do campo magnético em algum ponto da Terra. Nessas regiões, os dois campos magnéticos podem ser interligar através de um processo chamado "reconexão magnética", criando uma trinca no escudo através do qual as partículas eletricamente carregadas do vento solar poderiam fluir.

Em 1979, o cientista Goetz Paschmann, ligado ao laboratório de física extraterrestre do Instituto Max Planck, na Alemanha, detectou as rachaduras utilizando o satélite de exploração solar ISEE (International Sun Earth Explorer). No entanto, devido à órbita o satélite permanecia pouco tempo sobre as falhas, não permitindo saber se as fendas eram temporárias ou se permaneciam estáveis por longos períodos.

As mais modernas observações começaram a ser feitas em 2003 com auxílio do satélite IMAGE, especializado no estudo da magnetosfera. De acordo com as pesquisas, diversas auroras de prótons foram registradas sobre a região do Ciclo Polar Ártico, alimentadas pelo vento solar que penetrava por rachaduras na magnetosfera. Em alguns casos essas fendas tinham o tamanho da Região Sudeste do Brasil e permaneciam abertas por mais de 9 horas ininterruptas. Outras observações mostraram rachaduras duas vezes maiores que a Terra a uma altitude de 60 mil quilômetros.