quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Rachadura na magnetosfera causa tempestade magnética na Terra!

Na tarde dessa terça-feira, os cientistas espaciais foram quase pegos de surpresa ao detectarem uma rápida tempestade geomagnética sem motivo aparente. A tempestade foi prevista com menos de duas horas de antecedência através de modelos matemáticos e provocou fortes auroras nas latitudes mais elevadas.

De acordo com os pesquisadores do Centro de Previsão de Clima Espacial dos EUA, SWPC, o fenômeno não foi causado devido às tempestades aleatórias que ocorrem na superfície solar, mas por uma rachadura que se abriu na magnetosfera da Terra e que permitiu que o vento solar penetrasse nas camadas mais elevadas da atmosfera.

A tempestade dessa terça-feira foi classificada como de classe G1, de pequena intensidade, e por não ter sido causada por distúrbios de forte intensidade na superfície do Sol, não provocou alterações no fluxo de raios-x registrado pelos satélites geoestacionários que medem a energia emitida pela estrela. Em outras palavras, a tempestade geomagnética não deu sinais de que iria ocorrer.


Rachaduras
Apesar de invisível, nosso planeta é cercado por uma espécie de bolha magnética chamada magnetosfera, criada pelos movimentos ocorrem na região dos núcleos da Terra. Essa bolha é fundamental para a proteção do Planeta contra as partículas emitidas pelo Sol e sem ela a vida na Terra seria praticamente impossível.

No entanto, estudos recentes mostraram que algumas vezes essa bolha desenvolve enormes rachaduras que podem permanecer abertas por horas. Quando isso acontece, as partículas solares penetram em nosso planeta e ionizam a ionosfera a 160 km de altitude, produzindo os distúrbios geomagnéticos como o ocorrido nesta terça-feira.

Os primeiros trabalhos sobre as rachaduras na magnetosfera foram realizados em 1961, por Jin Dungey, do Imperial College, no Reino Unido. As pesquisas mostraram que a anomalia podia se formar quando o campo magnético das partículas vindas do sol tinha orientação oposta a do campo magnético em algum ponto da Terra. Nessas regiões, os dois campos magnéticos podem ser interligar através de um processo chamado "reconexão magnética", criando uma trinca no escudo através do qual as partículas eletricamente carregadas do vento solar poderiam fluir.

Em 1979, o cientista Goetz Paschmann, ligado ao laboratório de física extraterrestre do Instituto Max Planck, na Alemanha, detectou as rachaduras utilizando o satélite de exploração solar ISEE (International Sun Earth Explorer). No entanto, devido à órbita o satélite permanecia pouco tempo sobre as falhas, não permitindo saber se as fendas eram temporárias ou se permaneciam estáveis por longos períodos.

As mais modernas observações começaram a ser feitas em 2003 com auxílio do satélite IMAGE, especializado no estudo da magnetosfera. De acordo com as pesquisas, diversas auroras de prótons foram registradas sobre a região do Ciclo Polar Ártico, alimentadas pelo vento solar que penetrava por rachaduras na magnetosfera. Em alguns casos essas fendas tinham o tamanho da Região Sudeste do Brasil e permaneciam abertas por mais de 9 horas ininterruptas. Outras observações mostraram rachaduras duas vezes maiores que a Terra a uma altitude de 60 mil quilômetros.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Fortalecida, Alex ruma em direção à costa do Golfo do México.

A tempestade tropical Alex continua ganhando força sobre as águas quentes do Golfo do México e nas próximas 24 horas deverá se transformar no primeiro furacão de 2010 na bacia do Atlântico Norte.

Às 06h00 BRT, o Centro Nacional de Furacões dos EUA, NHC, informou que a tormenta se encontrava sobre as coordenadas 21.7 N e 91.9 W, aproximadamente a 650 km a este-sudeste de La Pesca, no México e 735 km a sudeste de Brownsville, no Texas.

Enquanto se movimento no interior do golfo do México, o sistema continua ganhando força e no momento do boletim já apresentava ventos sustentados de 110 km/h e fortes rajadas. Segundo o NHC, a força de Alexa deverá se intensificar nas próximas horas e seus ventos deverão atingir intensidade de furacão categoria 1 na escala Saffir-Simpson, que vai até 5.

Ventos com intensidade de tempestade tropical se estendem a mais de 165 km desde o seu centro. A pressão barométrica medida por aviões caça-furacão é de 984 hPa (hectopascais).



Neste momento, Alex se desloca em sentido norte-noroeste a 13 km/h e uma mudança no sentido oeste é esperada para as próximas 24 horas. Mantendo essa dinâmica, Alex deverá atingir a costa oeste do Golfo do México na próxima quinta-feira, próximo à fronteira méxico-americana.

Apesar de não tão organizado, Alex é um grande sistema de baixa pressão e já provocou a morte de 10 pessoas na América Central e na península de Yucatán.

De acordo com o NHC, a tempestade deverá passar à longa distância da mancha de petróleo no interior do Golfo do México, mas empresas petrolíferas que atuam na região começaram os preparativos de para remoção dos trabalhadores que atuam nas plataformas localizadas na rota da tempestade.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Entenda o que provocou a tragédia em Alagoas e Pernambuco!

Quem está acostumado a ver e a sobreviver às enchentes no Brasil anualmente, talvez tenha se surpreendido ainda mais com o cenário desolador que transformou diversos municípios de Alagoas e de Pernambuco nos últimos dias. A chuva e a força das águas arrastaram tudo o que encontraram pela frente e a impressão é que um verdadeiro tsunami passou pela região.

As fortes chuvas que atingiram Alagoas e Pernambuco na semana passada elevaram o nível de rios importantes como o Rio Mundaú, o Rio Una, o Rio Capibaribe e vários outros que banham os Estados. A água transbordou por todos os lados afetando as famílias ribeirinhas e dezenas de milhares de pessoas estão desabrigadas. Até a manhã desta quarta-feira (23), foram contabilizados 44 mortos, segundo a Defesa Civil.

Toda essa chuva foi resultado de três fatores, sem ligação direta com fenômenos como o aquecimento global ou as mudanças climáticas. Para a meteorologia alguns eventos principais contribuíram para a chuva em grande volume.

Em primeiro lugar duas frentes frias de forte intensidade alcançaram o litoral do Nordeste na primeira e na terceira semana de junho, favorecendo a formação de nuvens bastante carregadas sobre o leste de Alagoas e de Pernambuco.

Maceió, capital de Alagoas, registrou 270 milímetros de chuva entre os dias 3 e 5 de junho, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia. A segunda frente fria só intensificou as áreas de nuvens carregadas. Até a segunda-feira (21), o acumulado de chuva estava em 470 milímetros, superando a média mensal da capital alagoana que é de 298,3 milímetros.

Em três dias, Recife, capital de Pernambuco, também teve chuva muito acima do normal, em torno de 350 milímetros. Desde o começo do mês já choveu 456 milímetros na capital, enquanto a média de junho é de 388,9 milímetros, de acordo com o Inmet.

As águas do oceano Atlântico Tropical estão com temperatura pelo menos 1 grau acima do normal ainda por influência da fase final do El Niño. As águas mais quentes provocam uma maior evaporação e isso também explica a formação de nuvens mais pesadas e ocorrência de chuvas extremas no leste do Nordeste.



Somando a presença de frentes frias e a elevação da temperatura no mar, ainda existe outro fenômeno meteorológico que influencia a região nesta época do ano. As chamadas “Ondas de Leste” que chegam à costa do Nordeste trazendo bastante chuva. Essas ondas são perturbações ondulatórias que ocorrem na atmosfera sobre o Atlântico tropical e são formadas por nuvens carregadas vindas da costa da África empurradas pelos ventos alísios.

Com a entrada do inverno é normal o aumento das chuvas em Alagoas e Pernambuco nos meses de junho e julho, mas o que chamou a atenção foi o avanço da chuva. Existe um aumento de umidade natural na faixa litorânea, mas neste episódio o volume de nuvens foi muito grande e chegou até o agreste, explica o meteorologista Wilibaldo Lopes, do Instituto Nacional de Meteorologia.

O pesquisador acrescenta que mais uma vez eventos extremos sobre país demonstram a nossa vulnerabilidade e a capacidade de um sistema de alerta. O investimento em radares e satélites é questionado há algum tempo. “A população que vive em área de risco precisa ser treinada para evacuar rapidamente”.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Aquecimento Global provoca elevação da Groenlândia!

ituada no Atlântico Norte, a nordeste do Canadá, a Groenlândia tem grande parte de sua costa formada por uma espessa calota de gelo com mais de 2 quilômetros de espessura que pressiona a camada rochosa logo abaixo. Agora, um novo estudo feito na Universidade de Miami mostra que o gelo está derretendo tão rapidamente que a camada de terra abaixo da geleira já está subindo de elevação.


Segundo o estudo, algumas áreas costeiras estão se elevando cerca de dois centímetros por ano e se continuar nesse ritmo esse número poderá acelerar ainda mais e chegar a cinco centímetros por ano até 2025. A conclusão é de Tim Dixon, professor de geofísica da Escola Rosenstiel de Ciências Marinhas da Universidade de Miami e principal investigador do estudo.

Segundo Dixon, há muitos anos já se sabe que as mudanças climáticas estão contribuindo para o derretimento das geleiras da Groenlândia, mas o que é surpreendente e um pouco preocupante é que o gelo está derretendo tão rápido que o soerguimento da terra já é observável.

A ideia por trás do estudo, publicado pela revista científica Nature Geoscience, é que a perda da cobertura de gelo faz a Groenlândia perder peso, fazendo com que a superfície rochosa por baixo comece a se elevar. De acordo com Shimon Wdowinski, coautor do estudo, o mesmo processo também está ocorrendo nas ilhas da Islândia e Svalbard, que também têm calotas de gelo.


"Durante as eras glaciais e períodos de acumulação de gelo, o gelo encobria a terra. Quando o gelo derreteu, grandes faixas de terra ficaram descobertas", disse diz Wdowinski. "Nosso estudo é bastante coerente com um conjunto de indicadores do aquecimento global, confirmando que o derretimento do gelo e a consequente elevação do nível do mar são problemas reais e bastante significativos".

Para realizarem o estudo, os cientistas utilizaram receptores de GPS posicionados nos costões rochosos da Groenlândia e coletaram os dados desde 1995. As informações mostraram com alta precisão o deslocamento da ilha, bem como a velocidade vertical e a aceleração de cada estação GPS. Outros equipamentos foram instalados no interior da ilha.

O estudo revelou que nas áreas interiores o ritmo está balanceado e as perdas anuais de gelo causadas pelo derretimento são repostas por novas acumulações. Nas áreas costeiras, no entanto, as perdas são bastante significativas e são mais pronunciadas nas áreas mais quentes da costa, onde o gelo está derretendo mais rapidamente. Ainda de acordo com o paper (trabalho científico), o soerguimento parece ter começado no final de 1990.

O derretimento do gelo da Groenlândia é alvo de intensos estudos sobre sua participação na elevação global do nível do mar. No entender de Yan Jiang, que também assina o trabalho, se a aceleração da elevação e do derretimento continuar na atual taxa, a Groenlândia poderá em breve tornar-se o maior contribuinte para o aumento global do nível do mar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Japão enviará nave movida à energia solar para Vênus!

O uso da energia solar para mover aviões, barcos, carros, vem sendo cada vez mais testada por especialistas e aventureiros. Não há dúvida de que esse tipo de energia limpa pode substituir os combustíveis que estamos acostumados.



O Japão saiu na frente ao preparar o lançamento de uma nave não tripulada movida à energia do Sol, que irá partir rumo ao planeta Vênus.

Quando a nave estiver no espaço, logo após o seu lançamento, a cabine em formato de cilindro irá se separar do foguete e girar até 20 vezes por minuto. Esse movimento irá expandir e abrir suas velas ou braços, extremamente finos. A nave funcionará então, como um grande veleiro deslizando no espaço. Ela será empurrada pelas partículas solares, além de ter células que aproveitarão a energia solar.

O projeto da Agência Espacial Japonesa (Jaxa) é para uma missão de seis meses até Vênus e posteriormente, Júpiter será o outro destino.

A nave foi batizada de Ikarus (Interplanetary Kite-craft Accelerated by Radiation of the Sun) fazendo referência ao personagem da mitologia grega, Ícaro. Ele morreu ao tentar escapar da Ilha de Creta quando voou próximo demais do Sol usando asas de pena e cera construídas por seu pai, Dédalo.

O lançamento de Ikarus está previsto para o dia 18 de maio a partir do Centro Espacial Tanegashimano, na ilha de mesmo nome, no Japão. Todo o projeto custará cerca de US$50 milhões.


Terra
A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que a tecnologia solar deva gerar 3 mil gigawatts de energia até 2050. Ela irá responder por 11% de toda a eletricidade do mundo. As projeções superam dados anteriores da IEA, que falavam em 1.600 gigawatts de eletricidade por ano no mesmo período.

sábado, 1 de maio de 2010

Mancha de óleo no Golfo do México tem o dobro de São Paulo!

A Segurança Nacional do governo dos Estados Unidos está mobilizada para tentar conter a enorme mancha de óleo que se espalhou pelo Golfo do México e avança em direção a costa do Estado da Louisiana. A catástrofe ambiental aconteceu depois que a plataforma de petróleo de uma empresa britânica explodiu e afundou no mar há dez dias matando 11 trabalhadores.



Uma imagem captada pelo satélite de sensoriamento remoto Aqua, da Nasa, no dia 25 de abril, revelou a extensão da mancha localizada à direita do Delta do Rio Mississipi e a cerca de 80 quilômetros da costa da Louisiana. A mancha tem aproximadamente 170 km de comprimento por 72 km de largura, uma área quase duas vezes maior que a Região Metropolitana de São Paulo, que reune 39 municípios.

Na cena, o óleo derramado sobre o Golfo do México é bem fácil de ser observado por se tratar de uma área sob o brilho do sol, onde o reflexo nas águas dá uma aparência desbotada. Normalmente as marés negras são difíceis de serem detectadas pelos satélites. O brilho fino do óleo escurece ligeiramente o fundo já azul escuro do oceano.

A aproximação da mancha de óleo torna vulnerável e ameaça inúmeras espécies de aves e peixes na costa da Louisiana, que concentra 40% da área de pântanos do país. Segundo especialistas, o desastre ecológico poderá entrar para a história como um dos mais graves já registrados nos Estados Unidos. Isso sem falar no prejuízo econômico, a Luisiana é o primeiro produtor americano de camarões, eles são cultivados em enormes fazendas litorâneas.

A Guarda Costeira dos Estados Unidos estima que o equivalente a 5 mil barris de petróleo por dia estão sendo jogados na água do mar, bem mais do que o previsto inicialmente quando aconteceu a explosão. Nesta quinta-feira (29), o governo norte-americano declarou catástrofe nacional para tentar mobilizar mais recursos para conter o vazamento.

Em caráter emergencial foi realizada uma queima programada em parte da mancha para tentar contê-la quando sua distância chegou a apenas 40 quilômetros da costa norte-americana. A queima, entretanto, traz outros problemas, como a origem de grandes nuvens de fumaça e resíduos no mar.

Condições meteorológicas
A previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) de que a mancha de óleo chegasse à costa da Louisiana até esta sexta-feira, se confirmou. A mudança na direção dos ventos ajudou a empurrar a mancha em direção ao sul dos Estados Unidos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nova descoberta permitirá melhorar sistema de alerta de tsunamis!

Atualmente, alertas de tsunamis são emitidos sempre que um violento terremoto acontece abaixo do leito submarino, mas a formação das ondas gigantes só pode ser confirmada quando de fato atingem a costa, tornando o trabalho de rastreamento um verdadeiro desafio. Agora, uma nova descoberta pode ajudar as autoridades a acompanhar melhor a posição das ondas, incrementando ainda mais os sistemas de alertas.



Estudando dados de diversas companhias de telecomunicações, o cientista Manoj Nair, ligado à Universidade do Colorado, descobriu que as ondas gigantes produzem sinais elétricos que se movem através do campo geomagnético terrestre e são induzidos nos cabos submarinos.

Através de modelos matemáticos, Nair e seus colegas puderam estimar o tamanho do campo elétrico gerado pelo tsunami criado em 2004 na Indonésia e estimaram que a força da águas induziu tensões de aproximadamente 500 milivolts (meio volt) no interior dos cabos. "Naturalmente, essa tensão é muito pequena se comparada a uma bateria de 9 volts, mas é grande o suficiente para ser distinguida do ruído de fundo em um dia magneticamente calmo", disse Nair.

Segundo o pesquisador, a monitoração das voltagens induzidas nos cabos permitirão melhorar o atual sistema de alertas, mas ressalva que ainda serão necessárias muitas pesquisas para isolar os sinais gerados pelas ondas daqueles oriundos de outras fontes naturais. De acordo com Nair, ruídos provenientes da alta atmosfera e da ionosfera podem atingir até 100 milivolts (um décimo de volt) e causar confusão com a tensão criada por tsunamis menores.

Normalmente, os tsunamis são criados por terremotos, deslizamentos, erupções vulcânicas ou queda de meteoritos que atingem o oceano. Apesar do grande volume de água deslocada, que se propaga a mais de 800 km por hora, são muito difíceis de serem detectados e podem passar despercebidos por barcos e bóias oceânicas, já que a anomalia na altura das águas é muito pequena em alto mar.

Para a detecção e acompanhamento dos tsunamis os pesquisadores utilizam a rede global de sismógrafos, que detecta os terremotos e um conjunto de bóias, sensores de profundidade e medidores de níveis, mas são considerados de utilidade limitada no acompanhamento das ondas. Coma descoberta de Nair, as voltagens induzidas nos cabos pode se tornar mais uma ferramenta no acompanhamento.

Desde 2004, após o tsunami o oceano Índico, o sistema de alertas foi expandido e incluiu mais 47 sensores de alta profundidade principalmente no oceano Pacífico.

Cientistas descobrem a corrente mais rápida do oceano profundo!

Uma importante descoberta vai ajudar os pesquisadores a monitorar os impactos das alterações do clima sobre os oceanos em todo o planeta. Cientistas australianos e japoneses descobriram uma densa corrente marítima com rápido movimento no oceano profundo da Antártida.



Segundo os pesquisadores, a corrente tem uma velocidade média de 20 cm por segundo e é a mais rápida já encontrada até hoje no oceano profundo. Com essa velocidade, a corrente movimenta mais de 12 milhões de metros cúbicos por segundo de água fria e salgada da Antártida.

"São as maiores velocidades que vimos até agora nesta profundidade, de três quilômetros abaixo da superfície, o que foi realmente uma surpresa para nós”, afirmou Steve Rintoul, um dos autores do estudo.

A corrente já havia sido identificada anteriormente, mas faltavam dados mais concretos para entender sua importância. "Nós não sabíamos se era uma parte significativa da circulação ou não, e isso mostra claramente que é," completou Steve Rintoul.

Foram usados equipamentos de medição ancorados a 4.5 km de profundidade no mar para registrar a velocidade da corrente, a temperatura da água e a salinidade durante dois anos.

As conclusões colocam essa corrente como parte fundamental no padrão global de circulação oceânica o que deve ajudar nas previsões climáticas. Os pesquisadores querem ainda melhorar as medições da velocidade e do volume da água salgada fria ao redor da Antártida. Todo o estudo foi publicado na última edição da revista Nature Geoscience.


Arte: O gráfico mostra a atuação das principais correntes oceânicas no globo. As correntes marítimas que se movem em direção ao equador são frias e as que se movem em direção aos pólos são quentes. A descoberta da nova corrente marítima, a mais rápida do oceano profundo, vai ajudar os cientistas a entenderem alterações climáticas ao redor do planeta.

sábado, 24 de abril de 2010

Terremotos no Brasil: Sismógrafos serão instalados em Pernambuco!

Moradores de Cupira e Belém de Maria, na zona da mata e agreste de Pernambuco, estão assustados com a frequência dos tremores de terra que vêm atingindo a região. Desde o último fim de semana, foram registrados pelo menos 60 pequenos abalos nos municípios. O maior teve intensidade de 2,8 graus na escala Richter.



Embora sem grandes estragos, os tremores provocaram rachaduras nas paredes de algumas casas e estão deixando a população insegura. Por isso, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) resolveram instalar seis sismógrafos em Belém de Maria até o próximo domingo (25).

Os sismógrafos vão monitorar o solo e ajudar a identificar a área exata aonde os tremores vêm ocorrendo. Segundo os estudiosos, esta é a primeira vez que tremores de terra são registrados em Belém de Maria. Há pouco mais de um mês, o município pernambucano de Alagoinha também sentiu sucessivos abalos, sendo o maior de magnitude 3,2 graus.

Pernambuco, Ceará e o Rio Grande do Norte são os Estados com maior atividade sísmica do Brasil. Estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte já identificaram falhas geológicas e vários fragmentos de rochas antigas sob a Região Nordeste, que favorecem os abalos. Os eventos ocorrem por acomodações nas camadas geológicas e são sempre de baixa profundidade.


Terremotos no Brasil
Entre 15 e 20 sismos são registrados anualmente no Brasil, a maioria com magnitude próxima a 2.5 graus.


O país possui uma rede sismográfica muito pequena, incapaz de apresentar dados estatísticos satisfatórios e muitos sismos de pequena magnitude não são detectados, principalmente quando ocorrem em regiões distantes ou isoladas.

Um aumento na quantidade de estações revelaria um cenário bastante diferente, com um número de tremores bem maior do que o registrado atualmente.


Maior terremoto no Brasil
O terremoto mais intenso já registrado no Brasil ocorreu em Porto dos Gaúchos, no norte de Mato Grosso, em 31 de janeiro de 1955. Na ocasião os sismógrafos registraram 6.2 graus de magnitude.

O Estado de São Paulo também já registrou abalos significativos. Em 1922 um violento abalo de 5.2 graus foi registrado na cidade de Mogi-Guaçu e em 22 de abril de 2008, outro tremor de 5.2 graus ocorrido no litoral paulista foi sentido com muita intensidade em diversas cidades do Estado, além de Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Eyjafjallajökull: Conheça o vulcão que colocou em xeque a Europa!

Nos últimos dias, o mundo testemunhou com perplexidade os gigantescos transtornos causados por um vulcão praticamente desconhecido, localizado na distante Islândia. Desde o século 19 o vulcão estava adormecido, mas no dia 21 de março de 2010 rompeu o silêncio e provocou a maior explosão piroclástica da Islândia dos últimos 200 anos, mergulhando a Europa em um gigantesco caos aéreo sem precedentes.



Localizado no sul da Islândia, o glaciar Eyjafjallajökull (pronuncia-se "Eia fiatlai ohut") é um estratovulcão de 1660 metros de altitude e a última vez que entrou em erupção foi no ano de 1821 e manteve-se altamente ativo até 1823, após duas erupções ocorridas em 920 e 1612.

Seu domo de gelo cobre uma cratera de aproximadamente 2.5 km de diâmetro e durante a erupção de 1821 causou uma severa inundação ao romper um lago glacial. A explosão de março de 2010 forçou a evacuação de 500 pessoas da região, mas foi a erupção de 14 de abril - 20 vezes mais poderosa - que causou o blecaute aéreo em todo o norte da Europa, ao lançar sobre o continente milhões de toneladas de poeira que ameaça se propagar por todo o continente.



Segundo relatório do Instituto de Ciências da Terra, da Islândia, a primeira erupção expeliu 140 milhões de metros cúbicos de tefra (cinzas vulcânicas), além de 70 milhões de metros cúbicos de magma, jorrados à razão de 300 m3/s ou aproximadamente 750 toneladas por segundo.

A pluma de material vulcânico que causou o blecaute aéreo na Europa foi provocada pela fase explosiva da erupção que teve início em 14 de abril. Durante essa fase a maior parte do fluxo de lava foi jorrada da cratera no topo da geleira Eyjafjallajökull e também das fissuras laterais da montanha, descobertas ou formadas após a violenta explosão. Diversos pontos de vazamento de material piroclástico foram abertos e contribuíram para o derretimento do gelo no entorno, que provocou as fortes enxurradas de água misturada às cinzas vulcânicas que descem pelos flancos.

A lava jorrada na fase inicial é do tipo basalto de composição álcali-olivina, comum em regiões oceânicas, com 47% de sílica.



A fase explosiva da geleira foi precedida por uma grande quantidade de tremores de pequena magnitude iniciada às 23h00 de 13 de abril, seguida por um forte abalo que marcou a erupção. Os primeiros sinais do degelo ocorreram às 7 horas da manhã seguinte e algumas horas depois a pluma de cinzas e fumaça já atingia mais de 8 mil metros de altitude.

Em poucas horas a mistura de água e cinzas chegou às regiões mais baixas do vulcão, destruindo estradas, infra-estruturas e fazendas, obrigando as autoridades locais a evacuar pelo menos 700 pessoas do entorno da montanha.

Impulsionada pelos ventos vindos de noroeste, a grande pluma de cinzas atingiu o continente europeu no dia 15 de abril, causando o colapso aéreo amplamente noticiado pela imprensa e forçando a suspensão de mais de 70 mil voos até 19 de abril.

Saúde
Além do gigantesco prejuízo financeiro, as cinzas vulcânicas também preocupam as autoridades de saúde. Segundo o pesquisador Jay Miller, ligado à Universidade do Arizona, as cinzas podem ser "um verdadeiro assassino" caso sejam inaladas pelas pessoas. "Quando a lava do vulcão a 1200 graus toca a água, é produzida uma cinza muito fina que contém pequenas partículas de vidro. Quando inaladas, seria como rasgar literalmente os pulmões", adverte o cientista.

Islândia
A Islândia está localizada no norte do Oceano Atlântico e geologicamente é considerada uma ilha bastante nova e ainda em formação.



Cortada pela dorsal Meso Atlântica, a ilha é praticamente rasgada por uma grande falha geológica criada pelo distanciamento entre a placa tectônica norte-americana, ao leste e eurasiana, a oeste. Essa "rachadura" se afasta cerca de 3 cm por ano e é responsável por um intrincado sistema de vulcões submarinos interligados e do hot spot que forma a Islândia.

Hot spot, ou ponto quente é uma área da superfície continental ou oceânica que sofreu vulcanismo ativo por muito tempo e onde há liberação de material magmático. Ao entrar em contato com a água esse material incandescente se solidifica, formando novas ilhas ou aumentando o território. Um exemplo bastante conhecido de Hot Spot são as ilhas do Havaí.

Possibilidades
Após o episódio da erupção do Eyjafjallajökull, vulcanólogos acreditam que a descompressão do gelo causada pelo derretimento de grandes massas, além de outros fatores, pode acelerar processos eruptivos em outros vulcões da região. Um desses vulcões é o Katla, o maior vulcão da Islândia e localizado sobre a fissura vulcânica de Laki, próxima ao Eyjafjallajökull.

No entender de alguns pesquisadores, uma erupção nesse sistema poderia provocar uma nuvem de cinzas dez vezes maior que a atual, com consequências imprevisíveis.

Cientistas estudam evidências de atividade vulcânica em Vênus!

O planeta Vênus, o mais semelhante à Terra em tamanho e massa, ainda pode estar geologicamente ativo. Os cientistas conseguiram descobrir sinais precisos de atividades vulcânicas e o derramamento recente de lava na superfície de Vênus.



Através da combinação de dados da Venus Express (da Agência Espacial Européia) e da nave Magellan (da NASA), a agência espacial americana mapeou 98% do planeta entre 1990 e 1994.

Os pesquisadores trabalham com a hipótese de que a lava derramada possa ser responsável pelo alisamento do solo do planeta. Vênus tem apenas mil crateras, um número considerado baixo se comparado à superfície de outros planetas do nosso sistema solar.

Os estudiosos ressaltam ainda que a taxa de vulcanismo poderá ajudar a entender o funcionamento do interior do planeta e os gases na sua atmosfera. De acordo com os pesquisadores, a região estudada em Vênus é geologicamente similar ao Havaí.

A atividade vulcânica coloca Vênus entre os poucos corpos do sistema solar com este tipo de fenômeno nos últimos três milhões de anos, o que novamente o aproxima da Terra. O surgimento dos dois planetas é estimado mais ou menos em 4,5 milhões de anos. Apesar de fortes semelhanças, Vênus tem uma superfície muito mais quente que a Terra capaz de derreter chumbo no solo e uma pressão 90 vezes maior que o nosso planeta.

Em julho de 2009, a Agência Espacial Européia, divulgou o primeiro mapa do hemisfério sul do planeta Vênus. Os resultam sugeriram a existência de continentes e um oceano no planeta e mais uma vez reafirmaram as semelhanças entre Vênus e a Terra.

domingo, 18 de abril de 2010

Imagem de satélite mostra esteira de fumaça de vulcão na Islândia.

A forte atividade do vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia, provocou uma densa coluna de cinzas com mais de seis quilômetros de altura nas últimas 24 horas. Esta é a segunda vez, em menos de um mês, que o vulcão entra em erupção.



Especialistas afirmam que a atividade do vulcão está mais intensa gerando explosões, mas não há sinais de derramamento de lava. Cerca de 700 pessoas já foram retiradas de suas casas e estão em abrigos montados pela Cruz Vermelha.

Todo o tráfego aéreo na parte norte da Europa está prejudicado. O Serviço de Controle do Tráfego Aéreo Nacional (NATS) decidiu restringir os voos comerciais por cautela, já que as partículas de cinzas podem ser aspiradas pelos aviões e oferecer grande risco. Foram registrados cancelamentos em diversos voos em aeroportos da Grã Bretanha, Dinamarca, Noruega e Suécia.

Meteoro risca o céu e explode no meio-oeste americano.

Uma grande bola de fogo vinda do espaço cruzou o céu de pelo menos cinco estados americanos e em seguida explodiu na alta atmosfera produzindo um forte clarão. O evento ocorreu na noite de quinta-feira e foi testemunhado por milhares de pessoas, além de ter sido detectado por diversos radares meteorológicos dos EUA.



Como não havia qualquer informação sobre reentrada de satélites ou lixo espacial, é possível que o bólido seja proveniente do espaço e tenha penetrado a atmosfera terrestre a mais de 40 mil quilômetros por hora. Considerando-se eventos anteriores, o clarão parece ter sido provocado por um objeto de grandes proporções, de aproximadamente 1 metro de comprimento com 1 tonelada de peso.

Não se sabe exatamente a origem do meteoroide, mas existe a possibilidade do bólido ser um fragmento da chuva de meteoros Gamma Virgem, que vai de 14 a 21 de abril, com pico entre quarta-feira e quinta-feira passadas, mas essa é apenas uma das hipóteses levantadas.

Além das testemunhas oculares, o bólido também foi registrado pelo radar Doppler do NWS, o Serviço Meteorológico dos EUA, que detectou a trilha de fumaça deixada pela fulgurante passagem na atmosfera. Observadores em Minnessota reportaram que o evento foi acompanhado por um estrondo similar ao produzido por aviões quando quebram a barreira do som e fez balançar casas, janelas e vários outros objetos.
A bola de fogo permaneceu visível por aproximadamente 15 minutos e foi vista no céu de Minnesota, Wisconsin, Iowa, Illinois e Missouri.

Meteoroides
Os meteoróides derivam de corpos celestes como cometas ou asteróides e podem ter origem em ejeções de cometas que se encontram em aproximação ao sol, na colisão entre dois asteróides ou até mesmo ser um fragmento do que sobrou da criação do Sistema Solar.



Ao penetrar em alta velocidade na alta atmosfera terrestre, o material incandesce com o atrito, fragmenta e desintegra, tornando-se um meteoro. Se pedaços grandes desse objeto conseguem resistir ao calor e chegar até a superfície, recebe o nome de meteorito.

Meteoros de grande porte, como o que atingiu o Canadá em novembro de 2008 são raros e a cada ano menos de cinco são registrados.

Apesar de comuns, nem sempre essas enormes bolas de fogo são vistas. A maioria delas, cerca de 70%, cruza o céu sobre áreas inabitadas ou sobre os oceanos. A metade ocorre durante o dia, praticamente imperceptíveis devido à presença do Sol. Outra grande parte também não é vista simplesmente porque ninguém está olhando o céu naquele momento.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Terremoto na China foi causado por choque de placas tectônicas!

Novamente a Terra deu sinais de vida e voltou a tremer sob áreas habitadas. O evento ocorreu no sudoeste da China e de acordo com autoridades daquele país, até o momento já matou mais de 400 pessoas e deixou cerca de 10 mil feridos. Esse foi o sexagésimo quarto terremoto com magnitude superior a 6.0 graus ocorrido em 2010, que vem apresentando sismicidade acima da normal desde o primeiro trimestre.



Dessa vez o evento foi registrado na província de Qinghai, na região do Tibete, na China e de acordo com dados preliminares calculados pelo USGS, Instituto de Pesquisas Geológicas, dos EUA, teve magnitude de 6.9 graus. Essa intensidade equivale em energia à detonação de 16 bombas atômicas similares à que destruiu Hiroshima, em 1945, ou 335 mil toneladas de TNT.

O tremor ocorreu às 20h49 pelo horário de Brasília, a 10 km de profundidade sob as coordenadas 33.271°N e 96.629°E, a 240 km do norte-noroeste de Qamdo, no Tibete e 375 km a sul-sudeste de Qinghai. Apesar da região do epicentro ser montanhosa e pouco habitada, pelo menos 400 pessoas foram mortas pelo tremor e cerca de 10 mil pessoas estão feridas.

Segundo a rádio estatal China, quase 90% das casas da província de Jiegu, que sentiu o tremor com mais intensidade, são de madeira e ficaram destruídas. Entre os escombros está uma escola de ensino técnico onde existem diversos estudantes soterrados.

Tectônica da região
A região onde ocorreu o tremor dessa quarta-feira é extremamente acidentada, com montanhas de altitude superior a 3500 metros, conhecida como Cadeia Tengula. A cadeia é constantemente comprimida pela placa tectônica indo-australiana, ao sul e Eurasiana, ao norte, o que torna a localidade altamente sísmica e sujeita a terremotos de grande magnitude.



A mesma força entre as placas que causou o terremoto é a responsável pela formação da cadeia do Himalaia, localizada no sudoeste da região e se prolonga em sentido oeste até o Butão, tendo a Índia na fronteira sul. Próximo dali, a sudoeste, o Monte Everest se eleva a 8848 metros de altitude, erguido pelas mesmas forças de colisão.

Qinghai é habitada em sua maioria por Mongóis, muçulmanos e tibetanos e já foi palco de um intenso terremoto que devastou a província vizinha de Sichuan, em maio de 2008. Na ocasião, cerca de 90 mil pessoas morreram ou estão desaparecidas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Rachadura gigante em deserto na África pode criar novo oceano!

Fenda na Etiópia tem 56 km de comprimento e 6 metros de largura.
Ampliação da fissura, iniciada em 2005, é objeto de nova pesquisa.



Uma fenda aberta em 2005 em um deserto na Etiópia é considerada por alguns geólogos o berço de um “novo oceano”. A rachadura, com 56 quilômetros de extensão e 6 metros de largura, é objeto da curiosidade intelectual de um consórcio de pesquisadores britânicos, americanos e etíopes, que mantêm um site com o diário das investigações. Tudo começou quando o Vulcão Dabbahu, no terminal norte da fissura, entrou em erupção. O magma passou a fluir pela fenda, em um processo chamado intrusão, ampliando-a.



Agora, um estudo publicado na “Geophysical Research Letters” conclui que os processos envolvidos na criação da fissura, no Deserto de Afar, são quase idênticos aos que ocorrem no fundo dos oceanos. “O principal neste estudo é entender se o que está ocorrendo na Etiópia é similar ao que está acontecendo no fundo do oceano, onde é quase impossível irmos”, afirma Cindy Ebinger, da Universidade de Rochester, uma das autoras da pesquisa. “A resposta é ‘sim’, é um processo análogo.”

Descoberto vulcão submarino mais profundo, a 5 km da superfície!


Submarino-robô identificou estrutura na Fossa Cayman.
Temperatura em ‘chaminé subaquática’ pode chegar a 400°C.


Cientistas anunciaram nesta segunda-feira (12) a descoberta do vulcão submarino mais profundo do mundo na Fossa Cayman, a 5 quilômetros da superfície do Mar do Caribe. Os especialistas identificaram a chaminé subaquática no dia 6 de abril, por meio de um robô-submarino ligado por cabo ao navio RRS James Cook.

Sabemos mais sobre a superfície da Lua e de Marte do que sobre nosso próprio planeta, porque dois terços da Terra são cobertos por oceano, o que torna sua exploração muito difícil"
O robô foi pilotado pelo geólogo Bramley Murton. Segundo Murton, explorar a área – repleta de depósitos de minerais multicoloridos e enormes aglomerados de micro-organismos azuis fluorescentes – é “como explorar a superfície de outro mundo”. Na base desse ecossistema estão bactérias que tiram proveito do ácido sulfídrico e do metano expelidos pelas chaminés.

As chaminés vulcânicas subaquáticas têm rachaduras pelas quais a água do mar se infiltra, alcançando a crosta da Terra. A temperatura nessas estruturas geológicas pode chegar a 400°C. Para que se tenha uma ideia, é o suficiente para derreter chumbo.

Satélite japonês Alos vai ajudar Brasil monitorar a Amazônia! Ajuda ou Interesse na Amazonia?

O satélite japonês Alos (Advanced Land Observing Satellite) começou a ser usado pelo Brasil no monitoramento do desmatamento na Floresta Amazônica. O diferencial desse satélite é que sua tecnologia permite enxergar através das nuvens, dando maior precisão na coleta de dados.



Para o Brasil o sistema é revolucionário, pois a Amazônia por ser uma floresta tropical, fica coberta de nuvens pelo menos de seis a oito meses no ano, o que dificulta muito as observações dos satélites comuns.

O Alos fica a cerca de 700 quilômetros de altitude e funciona com um sistema de radar de abertura sintética. Sinais de micro-ondas são enviados para a terra, atravessam as nuvens, chegam ao solo e voltam para o espaço. Todas as informações captadas pelo satélite são transmitidas para o outro lado do planeta até o Centro de Observação da Terra, órgão do governo japonês e que fica nos arredores da capital Tóquio.

As informações processadas por supercomputadores já começaram a servir de base para agentes do Ibama e da Polícia Federal no Brasil, que ficam sabendo exatamente o ponto onde estão acontecendo os desmatamentos.

Atualmente, oito agentes brasileiros de fiscalização estão no Japão recebendo um treinamento para usar as novas informações do Alos. No futuro, as imagens do satélite também serão usadas nos tribunais como prova para punir os criminosos ambientais.

O satélite japonês ALOS foi lançado pela Agência Espacial Japonesa (JAXA) no dia 24 de janeiro de 2006 com o objetivo de acompanhar as mudanças climáticas globais e os desastres ambientais.

O que acontece por ai ! Imagem de satélite mostra topografia da Ilha da Madeira!

Em 20 de fevereiro de 2010, chuvas torrenciais inundaram a ilha da Madeira, localizada a oeste do Marrocos e pertencente a Portugal. Água, pedras e lama desceram pelas encostas íngremes da ilha, atingindo diretamente as ruas da capital Funchal e outros povoados ao sul da ilha. O evento teve consequências devastadoras na principal ilha do arquipélago português, ceifando a vida de 42 pessoas e deixando 13 desaparecidas.



As intensas chuvas provocaram enchentes e deslizamento de toneladas de terra. Veículos foram arrastados, rodovias foram danificadas e diversas pontes ruíram. De acordo com funcionários da Defesa civil local, a maioria das vítimas se afogou ou foi esmagada por objetos.

Além das violentas tempestades, a topografia da ilha contribuiu em grande parte para o aumento do desastre, como mostra a imagem capturada pelo satélite de sensoriamento remoto EO-1 (Advanced Land Imager), da NASA, obtida em 7 de março de 2007.

Duas características topográficas caracterizam esta parte da paisagem madeirense: montanhas íngremes e ravinas profundas. Ambas as formas terrestres são evidentes na imagem superior, que fornece uma visão ampla das comunidades afetadas pelas inundações.

A ilha da Madeira cresce acentuadamente para fora do Oceano Atlântico, com o topo da ilha atingindo 1.862 metros. A acentuada declividade do terreno assegura que durante as tempestades a água flua das montanhas para o litoral, provocando inevitáveis deslizamentos ocasionais nas encostas íngremes.

As ravinas profundas definem o caminho habitual da água em direção ao oceano. Na cena, captada durante o sol da manhã, essas ravinas aparecem como rugas escuras que parecem irradiar do centro da ilha. Com duas exceções, as cidades e vilas foram construídas principalmente em torno das ravinas na região e são facilmente identificadas pela coloração dos telhados feitos de terracota.

A primeira exceção é a pequena vila da Ribeira Brava, que fica na boca de um grande desfiladeiro que se estende desde centro da ilha. Durante a inundação de 20 de fevereiro, Ribeira Brava experimentou inundações e deslizamentos mortais.

A segunda exceção é Funchal, capital da ilha, vista em detalhe na imagem inferior. Três rios correm da Serra para a cidade e as ravinas profundas que trazem dois dos rios para a cidade são evidentes. Os rios correm em paralelo com algumas das principais estradas da cidade e quando chegam ao porto formam uma espécie de "V", que afunila as águas vindas das montanhas. Essa disposição foi crucial para a amplificação da enchente no centro da cidade, que sofreu severos danos, com carros sendo levados pelas águas e pesados deslizamentos na área das encostas.

Imagens de satélite mostram alterações do clima na Europa e EUA!

A agência espacial americana (Nasa) divulgou novas imagens feitas por satélites que evidenciam o impacto das alterações climáticas em diversas parte da Europa e dos Estados Unidos nos últimos anos.



Uma imagem captada em 2009 revela a ampliação da área tomada pelas águas do Rio Vermelho (Red River) nas cidades norte-americanas Fargo e de Moorhead, nos estados de Dacota do Norte e Minnesota, respectivamente.

As curvas em “S” revelam as áreas de enchente que invadiram dezenas de quadras das duas cidades. Cerca de 400 milhões de pessoas vivem a 20 quilômetros da costa e no máximo 20 metros acima do mar. As pequenas variações no nível do mar influenciam nos rios e poderão desalojar milhões de habitantes.

Outras imagens dos satélites da Nasa também surpreenderam e mostraram grandes ondas de calor, devastações pela seca e derretimento do gelo. Em uma foto da Espanha tirada em 2004, temperaturas extremas foram observadas em quase todo o país. Na época, a temperatura bateu recorde e chegou aos 47°C.

As imagens também denunciaram a enorme redução do lago Chade, na África. O lago já foi um dos maiores depósitos de água fresca do mundo e hoje após quarenta anos de longos períodos de seca, está reduzido a um vigésimo e seu tamanho original.

A geleira de Bering, no Alasca, nos Estados Unidos é outra região do planeta que sofre diretamente com as alterações do clima. A área teve um recuo de 12 quilômetros e vem enfrentando constantes rachaduras nos últimos anos.

Materia Crise de 1929 - A Grande Depressão!

A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em 1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.
O dia 24 de outubro de 1929 é considerado popularmente o início da Grande Depressão, mas a produção industrial americana já havia começado a cair a partir de julho do mesmo ano, causando um período de leve recessão econômica que se estendeu até 24 de outubro, quando valores de ações na bolsa de valores de Nova Iorque, a New York Stock Exchange, caíram drasticamente, desencadeando aQuinta-Feira Negra. Assim, milhares de acionistas perderam, literalmente da noite para o dia, grandes somas em dinheiro. Muitos perderam tudo o que tinham. Essa quebra na bolsa de valores de Nova Iorque piorou drasticamente os efeitos da recessão já existente, causando grande inflação e queda nas taxas de venda de produtos, que por sua vez obrigaram o fechamento de inúmeras empresas comerciais e industriais, elevando assim drasticamente as taxas de desemprego. O colapso continuou na Segunda-feira negra (o dia 28 de outubro) e Terça-feira negra (o dia 29).
Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país. Outros países, além dos Estados Unidos, que foram duramente atingidos pela Grande Depressão foram a Alemanha, Holanda, Austrália,França, Itália, o Reino Unido e, especialmente, o Canadá. Porém, em certos países pouco industrializados naquela época, como aArgentina e o Brasil (que não conseguiu vender o café que tinha para outros países), a Grande Depressão acelerou o processo de industrialização. Praticamente não houve nenhum abalo na União Soviética, que tratando-se de uma economia socialista, estava econômica e politicamente fechada para o mundo capitalista.
Os efeitos negativos da Grande Depressão atingiram seu ápice nos Estados Unidos em 1933. Neste ano, o Presidente americano Franklin Delano Roosevelt aprovou uma série de medidas conhecidas como New Deal.
Essas políticas econômicas, adotadas quase simultaneamente por Roosevelt nos Estados Unidos e por Hjalmar Schacht[1] na Alemanhaforam, três anos mais tarde, racionalizadas por Keynes em sua obra clássica.[2]
O New Deal, juntamente com programas de ajuda social realizados por todos os estados americanos, ajudou a minimizar os efeitos da Depressão a partir de 1933. A maioria dos países atingidos pela Grande Depressão passaram a recuperar-se economicamente a partir de então. Em alguns países, a Grande Depressão foi um dos fatores primários que ajudaram a ascensão de regimes de extrema-direita, como os nazistas comandados por Adolf Hitler na Alemanha. O início da Segunda Guerra Mundialterminou com qualquer efeito remanescente da Grande Depressão nos principais países atingidos.

domingo, 11 de abril de 2010

ENTENDA AQUI - O QUE CAUSA A RESSACA NO MAR?


O que causa a ressaca do mar?

A chegada de ondas violentas à costa começa quando rajadas de vento fazem subir o nível do oceano e aumentam, já em mar aberto, o tamanho dos vagalhões. Impulsionada por correntes marítimas, a massa de água caminha com velocidade crescente até encontrar o litoral. Ao chegar à praia, o mar agitado inunda a faixa de areia e as ondas quebram bem próximas da orla. A força da ressaca costuma alagar avenidas e danificar construções à beira-mar - há também relatos de banhistas tragados pelo mar e levados para longe da praia pelas fortes correntes marítimas. "No Brasil, as ressacas são quase sempre causadas por frentes frias que atingem o Sul e o Sudeste. Podem ocorrer dezenas de vezes por ano, mas, felizmente, é possível prevê-las até cinco dias antes", diz o oceanógrafo Joseph Harari, da USP.
Inspirados na destruição marítima, os bebedores exagerados apelidaram de ressaca aquele mal-estar típico após uma bebedeira. "A palavra deriva do espanhol resaca, cujo sentido original designa o refluxo das ondas do oceano. No Brasil e em Portugal, o termo ganhou um significado metafórico, pois quem bebe demais também passa por muita turbulência na manhã seguinte", afirma o lingüista e tradutor John Robert Schmitz, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Violência marítima
Ventos fortes e correntes intensas fazem a água chegar à costa com força máxima
1. Em mar aberto, rajadas de vento geladas e fortes, trazidas por uma frente fria, sopram em direção ao litoral. Elas criam correntes intensas, transportando uma enorme quantidade de água
2. As correntes agitam o mar, aumentando o tamanho das ondas e o nível da água. Ventos de até 50 quilômetros por hora fazem o oceano subir 2 metros, criando ondas de até 4 metros
3. O mar bravo inunda a praia e quebra violentamente no litoral. As ondas grandes podem devastar a orla, alagando ruas, destruindo casas e arrastando pessoas

sexta-feira, 9 de abril de 2010

ENTENDA O QUE É UMA TORMENTA E PEGANDO CARONA OS OUTROS DESASTRES NATURAIS.


Furacões, ciclones e tormentas
Introdução
O meio físico da Terra é, potencialmente, uma fonte latente de risco para praticamente todas as formas de vida e em particular para o ser humano. Isto é, a humanidade vive submetida aos fenômenos naturais que são causa de inquietude, de prejuízos graves e de grandes catástrofes. Os fenômenos de origem meteorológica, como furacões e tormentas, são os desastres naturais mais freqüentes e prejudiciais, acima dos terremotos ou erupções vulcânicas. De fato, os ciclones tropicais são a maior fonte de danos, seguidos pelas inundações provocadas pelas chuvas fortes de outros tipos.
Cabe destacar que os cientistas supõem que as Mudanças Climáticas ocasionam, nas últimas décadas, o aumento em magnitude e freqüência das catástrofes naturais causadas pelos fenômenos meteorológicos. Isto dificultou a previsão e prevenção de catástrofes, apesar dos avanços tecnológicos, como satélites e estações meteorológicas com equipamentos especializados.
Fenômenos meteorológicos
Um ciclone é uma área de baixa pressão, com a pressão mais baixa no centro. Ou seja, por efeito da rotação da Terra, na área de um ciclone o ar se move ao redor do núcleo de menor pressão (no sentido dos ponteiros de relógio no hemisfério sul, e em direção contrária no hemisfério norte), o que favorece o desenvolvimento de nebulosidade e, em geral, de condições de mal tempo. De fato, os ciclones são formados por ventos tropicais que avançam a grande velocidade em forma de espiral e formam um extenso redemoinho. Quando o ciclone toca a terra firme, começa a dissipar-se. Entretanto, ao chegar à costa pode causar danos e provocar inundações. Um ciclone tropical, por exemplo, define-se como um ciclone que se desenvolve sobre águas tropicais e subtropicais e que tem uma circulação em superfície organizada e bem definida.
Furacão é o nome dos ciclones tropicais do mar caribenho, Atlântico Norte, Golfo do México e ao leste do Pacífico Norte. Seus ventos sustentados são superiores aos 119km/hora (75 mph ou 65 nós). Enquanto que um tufão é o nome dado aos furacões no mar da China e no noroeste do Pacífico. De acordo com a velocidade dos ventos, os furacões passam pelas seguintes etapas:
• Onda tropical: nasce como uma faixa de nebulosidade de 250 km de largura que desliza de Leste a Oeste a 20 km/h.
• Depressão tropical: a onda consegue uma circulação ao redor de um centro, com ventos de cerca de 38 mph ou 65 km/h.
• Tormenta tropical: ventos maiores que 65 km/h ao redor de um centro.
• Furacão: a velocidade do vento supera os 119 km/h e chega além de 250 km/h, com uma ondulação de grande altura.
Uma tormenta é um fenômeno consistente em uma ou várias descargas bruscas de eletricidade atmosférica, manifestado por um brilho luminoso (relâmpago) e por um ruído estrondoso (trovão). Uma tormenta tropical é um ciclone tropical de núcleo quente e
fortes precipitações, onde o vento em superfície máximo medido (média de um minuto) tem uma intensidade de 63-117 km/hora (39-73 milhas/hora ou 34-63 nós. Com ventos com velocidades superiores a 119 km/hora, a tormenta é considerada um furacão).
Para medir a intensidade da força do vento desses fenômenos meteorológicos existe a escala de Beaufort, baseada na intensidade atual dos furacões (utilizado na América do Norte, Caribe, América Central e no norte da América do Sul).
Força
Descrição
Velocidade (Km/h)
Efeitos
0
Calma
0
Fumaça em ascensão vertical
1
Brisa
1+
Desvio lento da fumaça
2
Pouco fraco
6+
Sussurro de folhas
3
Fraco
12+
Movimento de galhos
4
Sereno moderado
20+
Levantamento de pó
5
Pouco fresco
30+
Movimento de árvores pequenas
6
Fresco
40+
Balanço de galhos grandes
7
Muito fresco
51+
Balanço de árvores: dificuldade para andar
8
Duro
62+
Rompimento de galhos: dificuldade para caminhar
9
Muito duro
75+
Elevação de telas dos telhados
10
Temporal
88+
Arranca árvores e danos em edificações
1
Tempestade
102+
Danos mayores
12
Furacão
119+
Devastação geral
Existem outros fenômenos meteorológicos, como a tromba marinha, uma tormenta giratória pequena sobre os oceanos ou águas interiores, que ocasionalmente se movem terra adentro. E o tornado ou mesociclone, uma forte tormenta de pequeno diâmetro com ventos rotatórios de grande poder destruidor. De fato, é o fenômeno meteorológico natural mais violento que geralmente ocorre pela terra adentro, ainda que também se apresente na parte dianteira da periferia dos furacões.
Formação de tormentas, furacões e ciclones
A temporada de furacões, que ocorre no oceano Atlântico e no mar do Caribe de junho a novembro. Durante o inverno do hemisfério norte, de dezembro a maio, as áreas polares, continentais e as águas estão muito frias, o que permite que não haja a evaporação suficiente para a formação de nuvens ou tormentas. Por outro lado, de junho a novembro, o movimento aparente do Sol se dirige para o norte. Devido ao calor e a umidade, durante seis meses formam-se depressões, tormentas e furacões. Anualmente são produzidas aproximadamente 5 ou 7 tormentas de diferentes intensidades, diretamente proporcionais à quantidade de ondas tropicais formadas no Caribe. Uma temporada de furacões acima da média apresenta em geral 11 tormentas, das quais cerca de 7 se convertem em furacões e aproximadamente 3 se classificam como furacões de grande intensidade (com ventos acima dos 175 km/h).

Curiosidades - Por que a Lua e o Sol parecem maiores quando vistos no horizonte?

Quem de nós já não parou para admirar a enorme Lua cheia nascendo no horizonte? O grande disco, muitas vezes alaranjado, parece até nos hipnotizar com seu tamanho e beleza ímpar, sempre pronta a ser apreciada e contemplada pelas pessoas ao redor. Todos se admiram e exclamam: "nossa, como está enorme!".
À medida que as horas passam, porém, nosso astro da noite vai ficando cada vez mais alto e ao mesmo tempo menor. Isso também acontece com o Sol, as estrelas e os planetas. Todos, quando estão próximo ao horizonte, se parecem maiores. Mas por que isso acontece? Será algum fenômeno desconhecido que torna esses objetos maiores?



Inicialmente, não seria estranho supor que os raios luminosos vindos de um objeto no horizonte percorressem um caminho mais longo através da atmosfera. Quanto mais próximo do horizonte estivesse o objeto, maior seria o caminho percorrido pela luz, provocando refrações que fariam seu diâmetro aparente parecer maior. Essa seria uma boa dedução e explicaria inclusive a cor alaranjada dos objetos próximos ao horizonte, já que os raios de luz, ao atravessarem a densa atmosfera saturada de vapor e repleta de poeira, têm grande parte de seu espectro eletromagnético absorvido, com exceção dos comprimentos de onda próximos ao vermelho.

O problema é que isso não explica o diâmetro aparentemente maior dos objetos. Se medirmos o tamanho do Sol ou da Lua com instrumentos apropriados e precisos, veremos que seus diâmetros não são maiores quando estão no horizonte. Pior que isso, constataríamos o oposto. Qualquer objeto sempre estará maior quanto mais próximo estiver de nós e quanto mais acima de nossa cabeça, ou zênite, mais próximo estará.

Então, como se explica o fenômeno? Afinal, é inegável que eles parecem muito maiores no horizonte.


Ilusão de ótica
Antes de mais nada, é importante afirmar que essa ampliação não é real e só existe para o olho e cérebro humano. De acordo com o astrônomo Ronaldo Mourão, o fundo do céu tem papel fundamental nesta ilusão, nos causando a impressão de que a abóbada celeste não é uma semi-esfera, mas uma calota achada no zênite e que se estende em ângulo agudo até o horizonte. Essa ilusão é tão real que o próprio azul, nuvens, constelações, estrelas e planetas parecem encrustados na abóbada celeste.

A razão dessa impressão provém, sem qualquer dúvida, do fato de não existir nenhuma referência que nos permita estimar distâncias quando olhamos para cima de nossas cabeças. Ao contrário, porém, quando olhamos para o horizonte, nossos olhos contemplam os campos, bosques, montanhas, prédios, colinas e uma série de objetos que nos permite comparações e impressão de distâncias e afastamentos. Dessa forma, o céu no horizonte nos parece muito mais afastado do que no zênite.

Mourão explica que quando observamos o céu estrelado, projetamos, sem perceber, as estrelas e a Lua sobre essa abóbada celeste achatada por nossa imaginação. Essa ilusão não ocorre somente com a Lua, mas também com as constelações ou com o Sol, que parecem maiores e avermelhados no horizonte.


Ensine a todos
Agora que você já sabe que o tamanho real do Sol ou da Lua não muda quando estão próximos ao horizonte, da próxima vez que testemunhar o espetáculo chame seus parente e amigos. Explique a eles o motivo. Com certeza você irá contribuir um pouco mais para aumentar o conhecimento sobre os fenômenos naturais, mesmo que eles não acreditem muito que aquela Lua enorme seja apenas uma ilusão!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Curiosidades! O interior da Terra pode esfriar totalmente?

Sim, o núcleo terrestre está mesmo esfriando. Segundo alguns cientistas, o esfriamento total pode chegar daqui a 2 bilhões de anos. O processo de perda de calor começou desde a formação do planeta - para ter uma ideia, o interior da Terra, que hoje é aquecido a 5 000 ºC, pode ter tido temperaturas na casa dos milhões de graus Celsius. Quando o calor cessar, pior para nós: as consequências irão desde a planificação do relevo terrestre à perda da vida no planeta. Veja ao lado como é o interior da Terra hoje e entenda abaixo como ele vai ficar quando o frio tomar conta de tudo. :-0

COMO A TERRA É HOJE...
Calor do interior do planeta movimenta placas tectônicas

NÚCLEO QUENTE
A Terra tem dois núcleos, o exterior, viscoso, e o interior, sólido. O núcleo externo é uma massa de níquel e ferro derretidos que se move a uma temperatura de cerca de 5 000 ºC. Esse vaivém faz com que as placas tectônicas se movam, permitindo a atividade vulcânica (é lá do fundo que vem o magma) e causando terremotos e maremotos

CAMPO MAGNÉTICO
O núcleo interno também gera o campo magnético terrestre. Isso acontece porque os dois núcleos terrestres se movimentam em velocidades diferentes, causando uma corrente elétrica e, portanto, o campo magnético. O campo magnético nos protege da radiação solar, entre outras funções, como ajudar a manter a órbita terrestre

...E COMO ELA VAI FICAR QUANDO ESFRIAR
Sem magma, relevo fica plano, água toma conta e depois evapora

Quando o núcleo esfriar, o líquido se solidificará. A primeira consequência é o fim da atividade vulcânica, que acabará com a reposição de terra na superfície. Com o tempo, o vento e a chuva irão erodir as montanhas e, gradualmente, todo esse material irá parar no fundo do mar. Os sedimentos depositados vão planificar a superfície de todo o planeta e a água vai tomar conta de tudo.

Ao mesmo tempo, com a interrupção das correntes elétricas, o campo magnético da Terra pode acabar de vez - ou ficar seriamente enfraquecido. Sem a proteção desse campo, a radiação solar - corrente de partículas carregadas (principalmente prótons e elétrons) emitidas pelo Sol - nos atingirá diretamente e irá deteriorar nossa atmosfera.

A água só é líquida em condições normais de temperatura e pressão. Sem a atmosfera, a pressão
do ar cai e a temperatura sobe por causa da exposição direta à radiação solar. Isso aumenta a evaporação da água e, com o tempo, os oceanos serão reduzidos a lagos, que virarão lagoas... Se a água não desaparecer completamente, ficará muito escassa.

No final, a Terra se torna uma bola rochosa, sem água, sem ar e sob temperaturas altíssimas - algo parecido com o que Marte é hoje. Algumas pesquisas, inclusive, sugerem que Marte pode ter se tornado um planeta deserto devido ao formato do campo magnético marciano, que é diferente do da Terra e teria facilitado a penetração da radiação solar, desencadeando o processo.

O que possivelmente ocorreu em Niterói! Área abriga lixo há 50 anos e acúmulo de gases pode ter provocado desmoronamento!

Autoridades consideram explosão para
desabamento no Morro do Bumba
Área abriga lixo há 50 anos e acúmulo de gases pode ter provocado desmoronamento;

Há 50 anos funcionava ali um aterro sanitário, é uma área muito instável, em que inclusive exala gás metano, que é inflamável. Acho que essa chuva intensa, sendo um aterro, contribuiu para que houvesse uma tragédia dessa proporção – disse o secretário de Trânsito e Transporte de Niterói, José Roberto Mocarzel, em entrevista à rádio CBN.

O coronel Adir Soares de Souza, que coordena o trabalho dos bombeiros no local, afirmou que moradores relataram um barulho antes do deslizamento, o que vai de encontro às suspeitas de que uma explosão tenha causado a tragédia. O secretário de Saúde de Niterói, Alkamir Issa, também levantou a mesma possibilidade.

O local não é tão íngreme. Há essa possibilidade de explosão em decorrência desse lixão aqui existente, por um fogão ligado ou alguma outra coisa.

O número de casas atingidas pelo deslizamento ainda apresenta variações. O secretário de Saúde e Defesa Civil do Rio, Sérgio Côrtes, afirmou que de 30 a 50 residências possam ter sido arrastadas pela terra, enquanto Alkamir Issa declarou que o número pode chegar a 70 casas. Cerca de 150 homens trabalham no resgate e as famílias desabrigadas estão sendo encaminhadas a duas escolas e uma igreja do município.

José Roberto Mocarzel acrescentou que o período de chuvas em Niterói é o maior da história, superando o ano de 1966.

Lorotas e mais Lorotas!

Secretários falam sobre causa e solução
após deslizamento em Niterói
Côrtes lamenta “hipocrisia”, enquanto Mocarzel quer programa habitacional

Secretários do Rio de Janeiro analisaram as causas e as possíveis soluções para que deslizamentos como o do Morro do Bumba, em Niterói, ocorrido na noite desta quarta-feira (7), não voltem a ocorrer. Representando o Governo carioca no local do desabamento de acerca de 70 casas, o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, lamentou a “hipocrisia” com que se trata o problema da ocupação habitacional desordenada.


- Todo o trabalho de ocupação do solo é de competência do município. Mesmo antes de começarem os deslizamentos as prefeituras são orientadas a identificar as áreas de risco. É um problema grande, são décadas de ocupação ilegal, e temos que parar com a hipocrisia e o preconceito em usar a palavra remoção, ela tem que ocorrer para que evitemos esse tipo de desastre – disse Côrtes, em entrevista à rádio CBN.

- No país inteiro isso ocorre todos os anos, mas a ocupação ilegal não se resolve rapidamente. Temos que resolver, trabalhar forte para que não fiquemos apenas com esses momentos de dor. O trabalho tem que ser ininterrupto, com todos retirando as ocupações e evitando o aparecimento de novas – acrescentou.

O secretário estadual do Governo Sérgio Cabral também disparou contra traficantes, milícias e políticos “inescrupulosos”, possíveis culpados, segundo ele, pela tragédia no Morro do Bumba.

- Eles dão condições para as construções dessas “casinhas”, depois vem mais um, outro sem eguida, e a prefeitura ainda é pressionada a dar acessibilidade e serviço para moradias que não poderiam existir. O governador sugeriu acabarmos com essa hipocrisia, mas falaram que seria como separar árabes de judeus. Não tem nada disso, temos é que evitar que desastres como esse aconteçam – completou Côrtes.

Vítima diz que mãe foi salvar neta e foi soterrada.

Chega a 148 o número de mortos pelas chuvas
Já o secretário de Trânsito e Transporte de Niterói, José Roberto Mocarzel, afirmou que o problema pode ser resolvido com uma política habitacional séria, apoiada e desenvolvida em conjunto com o Governo Federal. Segundo ele, a cidade de Niterói quer construir inicialmente 2 mil casas, como parte do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

- O crescimento da região metropolitana tem sido muito acentuado nos últimos anos. Por isso estamos desenvolvendo este projeto com o Governo Federal para construir 2 mil unidades, dobrando e triplicando este número a curto prazo. A solução de moradia, no entender da Prefeitura, seria esse programa. Com R$ 50 mensais, um trabalhador poderia ter uma moradia estável e digna. Faremos todo o esforço para colocar o programa em prática.

Para os trabalhos emergências de resgate e assistência aos desabrigados, Mocarzel espera a compreensão do Governo Federal e o envio de recursos o mais rápido possível. Sem a burocracia já esperada pelas autoridades municipais.

- O prefeito decretou estado de emergência, mas devido a esse acontecimento (no Morro do Bumba), acredito que possa ser decretado o estado de calamidade pública. Definimos ações eficazes nas reuniões de hoje (quarta-feira) e esperamos desenvolvê-las sem burocracia. Antigamente as verbas vinham de forma mais fácil, mas hoje não, são muitos papéis, muitos dados a serem preenchidos. Esperamos agilidade no socorro aos que precisam.

A farra do boi na Amazônia!!




Uma investigação de 3 anos do Greenpeace revela como a parceria perversa entre a indústria do gado e o governo brasileiro estão resultando em mais desmatamento, trabalho escravo e invasão de terras indígenas.





Grandes marcas reconhecidas mundialmente, como Adidas, Timberland e Unilever parecem acreditar que seus produtos excluem matéria-prima da Amazônia. A investigação do Greenpeace expõe pela primeira vez como o consumo leviano de matéria-prima está alimentando o desmatamento e, consequentemente, o aquecimento global.

Conferencia Sobre Clima ! O que esta Sendo Tratado? Entenda aqui!

A negociação internacional

Desde o final de 2007, governos de todo o mundo tentam costurar um acordo para enfrentar a crise do clima. O sucesso, ou fracasso, dessas negociações será conhecido em dezembro, na Conferência do Clima que acontecerá em Copenhague, Dinamarca. Essa reunião é talvez a nossa última chance de chegar a um consenso sobre como reduzir emissões de gases-estufa a tempo de evitar um desastre climático no futuro.

Infelizmente, a resistência demonstrada pelos governantes em assumir um papel de liderança não ajuda a acalentar esperanças. Cada um olha apenas para seus próprios interesses, num cabo-de-guerra que não leva a lugar nenhum. De um lado, estão os países industrializados, que não querem perder sua majestade. Do outro, estão os países emergentes (o Brasil nesse meio), que desejam crescer da mesma forma que os industrializados, com um pouco mais de cuidado com o ambiente – mas só um pouco mais. No meio estão as populações mais pobres, que mais sofrerão com o aquecimento global.

Os chefes de Estado ainda têm muito a fazer e precisam trabalhar em conjunto para proteger o planeta que eles, coletivamente, representam.

Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), para escapar dos piores efeitos da mudança climática – o que significa manter a elevação da temperatura média global o mais distante possível de 2°C – as emissões de gases do efeito estufa terão que diminuir entre 50% a 80% até o meio deste século.

O Greenpeace acredita que é preciso fazer bem mais, agindo de forma decisiva nos cinco blocos de temas definidos como centrais nessa negociação. Veja as propostas do Greenpeace para cada um desses temas: visão compartilhada, redução de emissões (ou mitigação), adaptação, financiamento e transferência de tecnologia.
1. Visão compartilhada
Essa é uma linha guia, que irá orientar os esforços de todos os países no enfrentamento das mudanças do clima. Nesse sentido, são discutidos temas como o aumento máximo de temperatura média do planeta, a concentração dos gases do efeito estufa na atmosfera e a diferença entre os esforços dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento.
A maioria dos países concorda que o aumento máximo da temperatura média da Terra deve ser limitado em 2ºC, em comparação com a temperatura medida antes da Revolução Industrial. Porém, ainda existe muita discussão sobre qual a concentração máxima aceitável de gases-estufa na atmosfera para limitar esse aumento e sobre como garantir que esses limites serão atingidos. Limites bem estabelecidos são importantes pois indicam o nível de ambição dos países e permitem que a sociedade civil exerça pressão sobre o compromisso estabelecido e as ações adotadas.
O Greenpeace defende que o aumento máximo fique bem abaixo do 2ºC e que, com cada ano menos gases-estufa no ar, a temperatura comece a cair o mais rápido o possível. Além disso, o acordo global deve garantir a todos os povos e as culturas o direito à sobrevivência e ao desenvolvimento sustentável.

2. Redução de emissões (mitigação)
Cada país desenvolvido propõe um corte diferente de suas emissões de gases do efeito estufa, que variam entre 5% e 30% até 2020, em comparação com o que emitiam em 1990. Isso, no fundo, representa apenas uma média de 10% a 15% de reduções.
Esses números estão muito abaixo do que a ciência recomenda. Para que o ganho seja real, o Greenpeace pede às nações industrializadas que cortem pelo menos 40% de suas emissões até 2020, usando como base o ano de 1990, e que financiem os países em desenvolvimento com US$ 160 bilhões por ano, para que esses possam mudar seus padrões de crescimento e adotar medidas que levem a uma queda de 15% a 30% em suas emissões, em relação ao que se espera que cada um emita em 2020.

3. Adaptação
Os países em desenvolvimento já são afetados pelos efeitos negativos do aquecimento global. Ao mesmo tempo, eles não possuem informações, infraestrutura, capacidade e recursos para lidar com esses problemas.
O Greenpeace calcula que sejam necessários US$ 56 bilhões no suporte a estratégias de adaptação. A maneira com que este dinheiro será utilizado deve ser decidida em diferentes níveis – nacional, regional e local –, permitindo a participação dos grupos mais vulneráveis na tomada de decisão e levando em consideração as diferentes realidades. Além disso, deve ser criado um sistema de seguros, com US$ 7 bilhões, para compensar os danos que não puderem ser evitados.

4. Financiamento
O financiamento para os países em desenvolvimento se prepararem para enfrentar o desafio das mudanças climáticas é um dos itens mais complexos nas negociações. A proposta do Greenpeace é que sejam alocados US$ 160 bilhões para que os países em desenvolvimento possam se adaptar e adotar medidas de mitigação. Esses recursos devem vir principalmente de fontes públicas e sua administração e distribuição devem ser feitas por uma nova instituição ligada a ONU.
O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que cuida dos mercados de carbono, deve ser reformulado para favorecer ações setoriais nos grandes países em desenvolvimento e ações pontuais nos países mais pobres. A Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) seria financiada por um mecanismo internacional que arrecade pelo menos R$ 42 bilhões, priorizando a preservação da biodiversidade, de florestas primárias e garantindo os direitos dos povos indígenas.

5. Transferência de tecnologia
Os países desenvolvidos estão à frente na criação de tecnologias que permitam gerar energia com menos emissão de gases do efeito estufa. No entanto, a transferência dessa tecnologia para os países em desenvolvimento (especialmente China e Índia), que envolve, entre outras, questões de propriedade intelectual, ainda não foi decidida.
Existe a necessidade de se acelerar a criação de tecnologias de energias renováveis e o uso sustentável de recursos, aumentando seu ritmo de implementação. O Greenpeace espera que até 2050, pelo menos dois terços da geração de energia no mundo venha de fontes renováveis. Para essas ações, seriam destinados U$ 55 bilhões.

Gigante do petróleo banca céticos do clima!!

WASHINGTON — Indústrias Koch agem longe dos olhos do público e, por baixo dos panos, financiam os argumentos falsos de quem nega o aquecimento global.

Uma empresa pouco conhecida, mas com bastante trabalho, passou a ExxonMobil no quesito financiamento dos céticos do clima de acordo com um levantamento realizado pelo Greenpeace. As Indústrias Koch, com sede nos Estados Unidos, têm o petróleo no centro de seus negócios, produziram o 19º homem mais rico do mundo e carregam um passivo ambiental imenso, que tentam esconder de todos os jeitos.

O relatório do Greenpeace, “Indústrias Koch: financiando secretamente os céticos do clima”, detalha como a empresa multinacional tem um papel dominante no discurso negacionista do aquecimento global nos Estados Unidos. Ela gasta milhões de dólares na promoção de céticos e seus institutos lobbistas e na oposição ao avanço de tecnologias limpas de geração de energia. “Está na hora de as Indústrias Koch limparem o jogo e deixarem de lado sua campanha suja e feita por baixo dos panos contra as ações de controle das mudanças climáticas”, afirma Kert Davies, diretor de pesquisa do Greenpeace dos Estados Unidos.

A Koch financiou (entre outros exemplos):

- Vinte organizações especializadas em negar o aquecimento global, que ecoaram a quatro cantos o Climagate, caso em que e-mails de cientistas da Universidade de East Anglia foram hackeados, no fim do ano passado. Essas organizações afirmam que as mensagens mostram que a ciência do clima é pouco confiável e ignoram a avaliação de grupos independentes que falam o contrário;

- Um artigo pseudocientífico de 2007, em conjunto com a ExxonMobil e o Instituto Americano do Petróleo, que tenta refutar a ciência que mostra como os ursos polares são ameaçados de extinção por causa do aquecimento global;

- Um grupo dinamarquês que produziu um estudo contrário à indústria de energia eólica da Dinamarca. Esse material foi usado nos Estados Unidos para rebater o apoio do presidente Barack Obama a energias renováveis. Neste ano, o ministro do Meio Ambiente da Dinamarca rejeitou os resultados do documento;

- Grupos que apóiam e promovem uma antiga e já refutada análise, que liga a indústria de energias renováveis ao desemprego na Espanha. Entre eles, destaca-se um chamado Americanos pela Prosperidade, fundado e dirigido por David Koch. Hoje, esse grupo está em campanha aberta contra o projeto de lei voltado a energias limpas de Obama, em discussão no Congresso americano.

“Ao gastar milhões de dólares no lobby e em financiamento a candidatos, Charles e David Koch poluem não apenas o ambiente mas também o processo político americano, trabalhando para impedir a aprovação da lei de energia limpa e clima por meio de um lobby corporativo intenso e financiamento de céticos”, diz Davies. “Esse processo tem como objetivo atrapalhar o avanço das negociações internacionais em torno de uma política de controle das mudanças climáticas, com o enfraquecimento da legislação americana no centro dessa estratégia.”

Carta aberta do Greenpeace as Índústrias Koch no Brasil

As Indústrias Koch são um conglomerado de US$ 100 bilhões, dominado por negócios em petroquímica, que operam em cerca de 60 países, com 70 mil funcionários. A maioria das operações é invisível ao público, com exceção de algumas poucas marcas, como Lycra® e Cordura®. No Brasil o grupo Koch está presente na forma de quatro empresas, “Georgia Pacific”, “Koch mineral services”, “Koch chemical technology group” e “Invista”.

“As empresas e funcionários do grupo Koch no Brasil tem a obrigação moral de exigir explicações e mudanças das atitudes de seus pares norte-americanos”, diz João Talocchi, coordenador da campanha de clima do Greenpeace Brasil. “No site das empresas existem diversas referências ao uso da boa ciência, responsabilidade socioambiental e criação de valores. Ao atacar a ciência e legislação sobre mudanças do clima, eles só aumentam o buraco entre o discurso e a realidade”, complementa Talocchi.

Parte da influência da Koch é centrada em três fundações, também controladas por David e Charles Koch. No financiamento de campanhas de céticos, a ExxonMobil gastou cerca de US$ 9 milhões entre 2005 e 2008. No mesmo período, as fundações controladas pelas Indústrias Koch gastaram cerca de US$ 25 milhões. Entre os grupos financiados, estão velhos centros de negação da ciência do clima, entre eles o Mercatus Center, a Fundação Heritage, o Instituto Cato, a Fundação Legal de Washington e a Fundação para Pesquisa de Economia e Ambiente (Free, na sigla em inglês).

MEIO AMBIENTE - Chuva Acida em Manaus!


Há meses a qualidade do ar em Manaus, capital do Amazonas, vem sendo prejudicada por conta da fumaça gerada com frequência pelos focos de queimadas ao redor da região. Com as chuvas abaixo da média nesta época do ano, a névoa formada pela fumaça e a poluição não se dissipa.
As partículas da fumaça das queimadas associadas a gases como o dióxido de carbono emitido pelos veículos, resultaram na ocorrência de uma chuva ácida na última quinta-feira (26). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno costuma se agravar sobre a capital e outras cidades do Estado no período da estiagem prolongada.

Os poluentes gerados pelos veículos, mas principalmente pelas queimadas, evaporam junto com a água em direção a atmosfera. Ao se juntarem, congelam nas baixas temperaturas e se precipitam em forma de chuva ácida.

“A chuva ácida ocorre todos os dias em determinadas regiões do País. Em São Paulo, por exemplo, quase todos os dias há o registro de chuva ácida, mas o nome é pouco usado para não causar impacto maior na população. Manaus passa pelo mesmo processo”, explica a gerente do Inmet, Lúcia Gularte.

As implicações são diretas para o meio ambiente e para a saúde humana. O fenômeno tem impacto desfavorável sobre as florestas, elevando a acidez no solo e na água dos rios e lagos, destruindo plantações e podendo causar a morte de insetos, peixes e animais.

Além disso, a precipitação ácida tem poder corrosivo sobre edifícios e estruturas expostas ao ar livre. Existem ainda estudos epidemiológicos que sugerem uma ligação entre a acidez atmosférica e a saúde da população.

O que fazer para evitar a chuva ácida? A resposta parece simples: diminuir a quantidade dos poluidores na atmosfera. A redução dos focos de queimadas já pode ser um bom começo.

Desmatamento na Amazônia!!

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nesta quinta-feira (24) o levantamento da área desmatada na Amazônia no mês de agosto de 2009. Cerca de 500 km² da floresta amazônica foram destruídos no período, o equivalente a metade do território do Estado do Rio de Janeiro.



Os Estados do Pará e de Mato Grosso lideram o ranking de desmatamento somando 400 km² de área devastada. Em seguida aparecem Rondônia e o Amazonas com mais de 70 km² devastados. O restante ficou distribuído entre os Estados do Acre, Maranhão, Amapá, Roraima e Tocantins.

As condições do tempo ajudaram na observação dos satélites e apenas 17% da região ficou coberta por nuvens.

O Inpe destaca que em relação ao mês anterior houve uma queda de 40% na área devastada.
Comparada a agosto de 2008, a queda no desmatamento foi de 34%.

Segundo o Instituto, comparações entre meses seguidos não são totalmente precisas, pois a cobertura de nuvens em parte da região pode dificultar o real monitoramento feito pelas imagens de satélites.

O Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) identifica focos de devastação com área superior a 25 hectares. São considerados as áreas de mata totalmente destruídas e locais de degradação parcial da floresta.

Lixo Eletronico




O que fazer com o computador, celular, baterias, televisores e rádios que estão ultrapassados e não servem mais para nada? Onde depositar esse lixo? Essa é uma das questões mais importantes que a Organização das Nações Unidas, ONU, trouxe à tona recentemente e conhecer o destino dado ao lixo eletrônico é fundamental para a saúde do planeta.

Segundo a ONU, o lixo eletrônico deve crescer de forma assustadora na próxima década especialmente nos países em desenvolvimento. Na Índia, esses resíduos de produtos poderão crescer 500% até 2020, na comparação com o ano de 2007.

O Programa Ambiental das Nações Unidas, UNEP, prevê que só o descarte de computadores antigos crescerá 400% na China e na África do Sul nos próximos dez anos.

Novos estudos mostram que o lixo eletrônico cresce 40 milhões de toneladas por ano mundialmente e o maior prejudicado é o meio ambiente. Quando queimados, toxinas são emitidas de forma indevida por sucateiros em busca de componentes como cobre e ouro.

"O relatório da ONU torna ainda mais urgente o estabelecimento de processos ambiciosos, formais e regulamentados para recolher e gerir lixo eletrônico, com o estabelecimento de grandes e eficientes instalações na China", afirmou Achim Steiner, diretor executivo do Unep.

Além da China e da Índia, o Brasil e o México estão na lista dos que também enfrentarão graves danos ambientais e de saúde caso a reciclagem desse lixo não seja feita de forma adequada e os consumidores não sejam orientados.

No topo da lista estão os Estados Unidos como os maiores produtores de lixo eletrônico do mundo, gerando cerca de três milhões de toneladas por ano. A China ocupa o segundo lugar com uma produção de 2,3 milhões de toneladas anuais.

Consumo responsável
Atualmente, vivemos uma época onde muitos criticam o modo como o Homem agride o ambiente. Entretanto, nunca vemos em nós mesmos os grandes poluidores do planeta, sempre atribuindo a culpa ao "Homem" e esquecendo que nós é que somos o "Homem".

Quando formos descartar pilhas, celulares, aparelhos eletrônicos, geladeiras, etc., devemos pensar profundamente em qual será o destino que será dado ao material e ter absoluta certeza de que esse ato não agredirá o ambiente. Agindo assim, nos tornaremos consumidores responsáveis e conscientes, contribuindo em grande parte pela saúde do planeta. A Terra agradece!

Vestibular -Domínios Morfoclimaticos

Índice
Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil
Resumo Teórico..........................................................1
Exercícios....................................................................4
Gabarito.......................................................................6
Os Domínios Morfoclimáticos do Brasil
Resumo Teórico

O conceito de Domínios Morfoclimáticos, proposto por Aziz Ab.Saber, é utilizado para o
tratamento das diferentes paisagens naturais existentes no Brasil. Esse conceito gerou uma
classificação que combina fatos geomorfológicos ( das formas de relevo ), climáticos, hidrológicos,
botânicos e pedológicos ( referentes ao solo ), estabelecendo padrões regionais. Como pode ser
observado no mapa abaixo, a classificação dos domínios de paisagem apresenta 6 áreas homogêneas
centrais associadas com faixas de transição, onde as características da paisagens não apresentam uma
definição tão marcante e, freqüentemente, associam elementos das paisagens ao seu redor.
Os Domínios Morfoclimáticos, segundo Ab. Saber:

O Domínio Amazônico

O domínio das terras baixas florestadas da Amazônia compreende uma extensa planície
inundável, tabuleiros com altitudes de até 200 m, terraços com cascalhos e lateritas e morros baixos
com formas arredondadas. Essa paisagem apresenta uma relação direta com a bacia hidrográfica
Amazônica e uma rica variedade de águas perenes, com rios brancos, negros e cristalinos.
A base do relevo está assentada sobre uma bacia sedimentar constituída na Era
Paleozóica, antes da separação entre a América do Sul e a África e da formação da Cordilheira dos
Andes. Essa bacia sedimentar antiga foi recoberta por sedimentos recentes, dos períodos Terciário e
Quaternário da Era Cenozóica, e são estes os que aparecem na estrutura geológica da região.
O clima dominante é o Equatorial com baixa amplitude térmica e temperaturas que
oscilam entre 25ºC e 27ºC no decorrer do ano; a pluviosidade também é elevada, superando a marca
dos 1800mm anuais.
Nessa região aparecem solos arenosos, ácidos, pobres em nutrientes minerais, sujeitos à
1
lixiviação. Como a própria floresta é responsável pela ciclagem de nutrientes, o manto de detritos
orgânicos . formado pelas folhas que caem das árvores . tornam os solos ricos em matéria orgânica,
o que garante a alimentação da vegetação nativa.
Essa floresta latifoliada equatorial apresenta uma destacada biodiversidade, com três
padrões básicos: Matas de Igapó, Matas de Várzea e Matas de Terra Firme.
•As Matas de Igapó estão localizadas nas áreas de inundação permanente, com solos e águas
ácidas. A vegetação é perenifólia ( não perde as folhas durante o ano ), com ramificações baixas e
densas, de até 20 m de altura, repleta de arbustos, cipós e epífitas. Aí destacam-se espécies como o
Arapati, a Mamorana e a Vitória Régia.
•As Matas de Várzea localizam-se nas áreas de inundação periódica, junto aos rios de água branca.
Sua composição florística varia de acordo com o período de inundação e também pode apresentar
espécies de maior porte, como a Seringueira e o Pau Mulato.
•As Matas de Terra Firme estão nas áreas mais elevadas, que não são atingidas pelas inundações
amazônicas. Aí encontram-se as árvores de grande porte, com 60 a 65m de altura. A floresta é
compacta, perenifólia e higrófila; o dossel ( conjunto das copas das árvores ) é contínuo e o
ambiente é úmido e escuro. Nesse estrato podem ser encontradas as Castanheiras, o Caucho, a
Sapucaia, o Cedro e a Maçaranduba.
Quanto aos problemas ambientais destacam-se a destruição da biodiversidade pelos desmatamentos
e queimadas, a destruição dos solos, as alterações no ciclo hidrológico, a difusão de pragas e
parasitas.

O Domínio dos Mares de Morros

O domínio dos Mares de Morros Florestados do Brasil tropical é recoberto pela Mata
Atlântica, uma floresta latifoliada tropical que, originalmente, recobria a fachada litorânea do país e
interiorizava-se na região Sudeste. Hoje, a essa floresta está reduzida à 5% de sua área inicial,
ocupando uma área de 55 mil km2.
Esse domínio associa um relevo planáltico estruturado sobre uma base de rochas
magmáticas e metamórficas muito antigas, formadas no Pré Cambriano. O clima é Tropical Litorâneo
Úmido, afetado por chuvas frontais e orográficas, com predomínio de chuvas no verão. A associação
dessa base geológica com o clima Litorâneo Úmido levou à constituição de um relevo mamelonar -
com formas arredondas - relativamente elevado, denominado .Mares de Morros.
Mata Atlântica é o nome genérico dado ao conjunto de florestas tropicais úmidas que
ocorre de forma azonal ( chegava até o paralelo 33ºS ) nas regiões costeiras do Brasil. Essa floresta é
influenciada pela umidade dos ventos Alísios de Sudeste e pelas chuvas orográficas, apresentando
fisionomia semelhante à da Floresta Amazônica e maior biodiversidade de que sua .irmã equatorial..
Essa biodiversidade deve-se à grande variação latitudinal de sua localização, às diferentes altitudes de
relevo ocupadas pela floresta, às influências de climas passados e às diferentes condições de solo e
umidade à que está submetida.
A devastação na região dos Mares de Morros foi resultado da expansão da agricultura
comercial . principalmente a cafeicultura, do desmatamento seletivo de madeiras nobres, do turismo
predatório nas regiões litorâneas e, em período mais recente, da constituição das manchas
urbano-industriais no Sudeste brasileiro.
O Domínio da Caatinga
O domínio da Caatinga localiza-se no interior do Nordeste brasileiro, em região de
depressões inter-planálticas, como a Depressão Sertaneja e Sanfranciscana. Aí ocorre o clima
Semi-árido, com temperaturas elevadas durante todo o ano, chuvas escassas . menos de 700 mm/ano
. e irregularmente distribuídas.
Parte da região está localizada na bacia do rio São Francisco onde, além do rio principal,
há o predomínio de rios intermitentes, que desaparecem no período seco.
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Os solos da Caatinga podem ser argilosos, arenosos ou rasos e pedregosos. Como as
chuvas são escassas, ocorre a preservação dos nutrientes minerais, o que possibilita a prática agrícola
sob um adequado sistema de irrigação. Quanto aos nutrientes orgânicos, esses solos são pobres, já
que a vegetação é rala e o clima seco não facilita a decomposição das folhas que caem sobre os solos.
Apesar da fertilidade natural dos solos argilosos, existe a possibilidade de salinização, que pode
torná-los estéreis devido à precipitação de partículas minerais, que têm origem nas áreas mais
profundas das bacias sedimentares presentes na região.
A vegetação compreende matas secas e campos. A Mata Seca, também chamada de
Caatinga Arbustiva, é decídua . perde as folhas na estiagem e xerófita, com folhas grossas e miúdas,
que dificultam a transpiração; também é rica em espécies frutíferas e outras que permitem a produção
de fibras, ceras e óleos vegetais. Os Campos Secos das chapadas correspondem a associações de
vegetação rasteira e cactus, instalados sobre solos rasos, como ocorre em Seridó ( RN ).

O Domínio do Cerrado

O Cerrado é um domínio de grande biodiversidade que pertence ao bioma das Savanas,
com formações vegetais que apresentam dois estratos: um arbustivo e outro herbáceo. Essa paisagem
integra um relevo de planaltos com chapadões sedimentares, a vegetação savânica, o clima Tropical
Semi-úmido, solos arenosos e ácidos, sujeitos ao problema da laterização.
O clima do Cerrado apresenta médias térmicas elevadas (entre 20º C e 28º C ), chuvas
concentradas no verão, em decorrência da atuação da massa de ar Equatorial Continental, e do
inverno seco.
Quanto à hidrografia, é importante salientar que a região corresponde ao principal divisor
de águas do país, onde localizam-se as nascentes de importantes bacias hidrográficas, como a do
Araguaia-Tocantins, a do São Francisco e a do Paraná.
A origem dos solos está associada a sedimentos antigos, que vem se transformando há
milhares de anos. Observa-se a pobreza em cálcio e nutrientes minerais, apesar das altas
concentrações de alumínio e ferro, que contribuem para a formação de carapaças ferruginosas
denominadas lateritas.
O Cerrado Arbóreo é formado por árvores tortuosas e espaçadas, com tronco de cortiça
espessa, folhas grossas e ásperas e aspecto xeromórfico; as raízes são longas, com até 15 m, e
capazes de buscar a água no lençol freático em profundidade, no período seco.
Essa formação vegetal é sujeita às queimadas naturais que, quando ocorrem em
pequenas extensões, compõem a sua dinâmica, evitando que as gramíneas dominem a biodiversidade
e tornem as terras impróprias para a fauna local; o fogo promove o rebrotamento de várias espécies e
cria hábitat adequado para a Ema e o Veado Campeiro.
Como essa região tem sido ocupada, desde os anos 70, pelas monoculturas comerciais
mecanizadas, tem ocorrido o desmatamento e a utilização da queimada como forma de manejo
agrícola. Isso leva à perda da biodiversidade, prejudica a fauna local de mamíferos e destrói as
matas-galeria, que protegem a rede de drenagem, junto aos rios.

Domínio das Araucárias

Esse domínio está localizado nos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, onde se
observa uma estrutura geológica que alterna camadas de arenito e basalto, que contribui para a
ocorrência dos solos de terra-roxa, de elevada fertilidade natural devido à constituição argilosa e ao
alto teor de ferro presente em sua constituição.
A Floresta de Araucárias está associada com a ocorrência do clima Subtropical de
temperaturas moderadas, com chuvas bem distribuídas no decorrer do ano e elevadas amplitudes
térmicas, sofrendo a influência da massa Polar Atlântica.
Essa floresta adapta-se ao clima úmido, com precipitações superiores à 1200 mm por
ano, e à altitudes mais elevadas; no Sul do país sempre ocorre acima de 600 m e na Serra da
Mantiqueira, localizada no Brasil tropical, só aparece nas áreas acima de 1200m.
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A floresta subtropical brasileira é aciculifoliada e homogênea com o predomínio do
pinheiro da Araucária Angustifólia e do Podocarpus, associados com algumas outras espécies, como é
o caso da Erva-mate e da Canela. Esse é o hábitat da Gralha Azul, a principal ave responsável pela
dispersão das espécies vegetais.
A Mata de Araucárias também já sofreu uma grande devastação e dela restam apenas
alguns pequenos núcleos de floresta original. O seu desaparecimento deve-se à extração de madeiras e
também esteve relacionado coma expansão da agricultura, só que, nesse caso foi a pequena produção
comercial desenvolvida pelas famílias dos descendentes de imigrantes que ocuparam o sul do país.
O Domínio das Pradarias

O domínio morfoclimático das Coxilhas com Pradarias Mistas está localizado no extremo
sul do país, na região conhecida como Campanha Gaúcha. Essa paisagem integra o relevo de coxilhas,
com colinas baixas e amplas, um clima Subtropical mais seco do que o da região da Mata de
Araucárias e solos férteis, contendo elevados teores de nutrientes minerais e orgânicos.
Os campos do sul estão correspondem à formações herbáceas com extensos banhados ao
redor de lagunas e na região costeira ou apresentam-se como extensas formações de gramíneas,
entremeadas por matas de Araucária, no interior da região.
Dos campos originais, restam apenas 2% na atualidade. Seu desaparecimento esteve
relacionado com a prática da pecuária extensiva de corte e com expansão da agricultura comercial,
principalmente os cultivos de trigo e da soja.


Exercícios
01. (FGV . SP) De acordo com o geógrafo Aziz N. Ab.Sáber, o território brasileiro é constituído por seis
domínios morfoclimáticos e fitogeográficos, além de faixas de transição. A esse respeito é correto
afirmar que o domínio:
a. dos mares de morros tropicais englobam mais cerrados do que áreas florestadas.
b. das caatingas é predominantemente de clima semi-árido com depressões interplanálticas.
c. dos planaltos de araucárias e as pradarias mistas caracterizam a paisagem do sudeste brasileiro.
d. dos cerrados ocupa regiões topográficas e hidrológicas similares ao domínio da caatinga.
e. das terras baixas amazônicas, com floresta equatorial, circunscreve-se apenas ao território brasileiro.

02. (VUNESP) Trata-se de uma área de topografia com baixas altitudes, que sofre inundações por ocasião
das cheias do rio principal e seus afluentes. A vegetação é variada, apresentando espécies da Floresta
Amazônica, da Caatinga, dos Campos, das Palmáceas e do Cerrado. É a cobertura vegetal mais
heterogênea do Brasil, cobrindo ampla planície e estendendo-se também para a Bolívia.
O texto refere-se ao
a. Pantanal.
b. Chaco.
c. Pampa.
d. Agreste.
e. Mangue.

03. (Mackenzie . SP) As áreas mais atingidas pelo processo de degradação de paisagens, em conseqüência
do desmatamento excessivo que intensificou os processos erosivos, pertencem aos estados de São
Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, e foram ocupadas pelo desenvolvimento agrícola.
O texto faz referência ao domínio morfoclimático:
a. das Coxilhas Subtropicais com Pradarias.
b. dos Mares de Morros Florestados.
c. dos Chapadões com Florestas-galerias.
d. dos Planaltos Subtropicais com Araucárias.
e. das Terras Baixas com Florestas Equatoriais.

04. (UFRS) Observe os perfis e solo 1, 2 e 3, característicos de três dos domínios morfológicos existentes
no Brasil.
Eles, são, respectivamente, representações esquemáticas de solos dos domínios morfológicos
a. amazônico, da caatinga e dos mares de morro.
b. amazônico, dos mares de morro e do cerrado.
c. da caatinga, do cerrado e do amazônico.
d. do cerrado, da caatinga e do amazônico.
e. do cerrado, do amazônico e da caatinga.

05. (UNIFOR . CE) Entre as regiões brasileiras, a Amazônia é a de maior extensão territorial e onde as
condições ambientais estão melhor conservadas. Das alternativas abaixo, marque a que corretamente
caracteriza os aspectos geográficos dessa região:
a. as terras baixas ocupam a maioria de sua extensão, estando as de maior altitude situadas ao norte
da região no planalto das Guianas;
b. os rios são perenes e torrentosos ou caudalosos e intermitentes;
c. os solos são em geral muito férteis e apropriados para a agricultura convencional;
d. a biodiversidade é caracterizada por um pequeno número de espécies, representadas por grande
quantidade de indivíduos;
e. a pecuária e o extrativismo vegetal vêm-se desenvolvendo de forma integrada.

Gabarito

01. Alternativa b.
O Domínio da Caatinga localiza-se no interior do Nordeste, nas depressões Sertaneja e do
São Francisco. Sua paisagem relaciona o relevo de depressão interplanáltica, o clima Semi-árido, a
formação vegetal xerófita da Caatinga e o predomínio de rios temporários com a presença de solos
rasos, férteis e sujeitos à salinização. Consulte as características dos outros domínios, apresentadas no
resumo teórico, para identificar os erros presentes nas outras alternativas.

02. Alternativa a.

O texto remete à paisagem do Pantanal Matogrossense que, no contexto dos domínios
morfoclimáticos de Ab.Sáber, está localizada numa das faixas de transição. O Pantanal apresenta uma
formação vegetal complexa, é submetido ao clima Tropical Semi-úmido e está localizado numa
planície sedimentar quaternária de baixas altitudes, sujeita à inundações decorrentes das chuvas de
verão.

03. Alternativa b.
Como você pode observar a seguir, a degradação ambiental e a retirada da vegetação
original são destacadas em 4 importantes formações vegetais brasileiras:
Floresta Amazônica......................................... 9%
Cerrado .......................................................... 47%
Mata Atlântica ............................................... 90%
Caatinga ........................................................ 97%
Mata de Araucárias ....................................... 96%
Pradarias........................................................ 98%
Mesmo assim, o exercício remete ao domínio dos Mares de Morros, recobertos pela
Mata Atlântica, nos estados do Sudeste brasileiro. Nessa região, a expansão da agricultura comercial .
principalmente a cafeicultura . foi a principal responsável pela retirada da floresta, o que deu origem a
um intenso processo erosivo. O desmatamento em área de relevo íngreme e sujeita ao clima Tropical
Litorâneo Úmido deixou os solos desprotegidos, onde a erosão superficial e os escorregamentos de
terra são freqüentes.

04. Alternativa d.
Observe no quadro abaixo as principais características e problemas observados nos solos
do Cerrado, da Amazônia e da Caatinga.

Domínio Características do Solo Problemas do Solo
Cerrado Solos ácidos, arenosos, com
baixos teores de matéria
orgânica e baixos teores de
nutrientes minerais
Laterização
Caatinga Solos rasos, com elevados teores
de nutrientes minerais e baixos
teores de nutrientes orgânicos
Salinização
Amazônico Solos arenosos, ácidos, com
baixos teores de nutrientes
minerais e elevados teores de
nutrientes orgânicos, devido ao
espesso mento de decomposição
que os recobre
Lixiviação e laterização

05. Alternativa a.
A paisagem do domínio Amazônico integra o relevo de terras baixas, o clima Equatorial
superúmido, a Floresta Latifoliada Equatorial de grande biodiversidade, os rios de grande porte e os
solos ácidos e arenosos. Nessa região, as maiores altitudes são observadas no Planalto das Guianas,
onde encontra-se um importante conjunto de serras e o Pico da Neblina, o ponto culminante do
Brasil.