terça-feira, 26 de julho de 2011

Entenda a Inflação!


ENTENDA A INFLAÇÃO

Em um ano de boa safra, sobrou cebola e o seu preço baixou. Em outro ano de seca, o
preço subiu. Esse é um fenômeno frequente e geral: a oferta (ânsia de vender) tende a
baixar os preços e, de outra parte, a procura (ânsia de comprar) tende a aumentá-los.
A lei fundamental da economia é a lei da oferta e procura. Como é essa lei?
O país todo produz certa quantidade anual PB de bens e serviços. Existem as perdas:

a) internamente: desperdícios, problemas com
estocagem; e

b) externamente: a evasão, que ocorre por
artifícios de preços baixos nas exportações
(subfaturamento) e preços elevados nas
importações (superfaturamento), provocando
grande saída para pequena entrada (trocas
desvantajosas). Sem falar no contrabando,
pagamentos de royalties, juros etc.

Descontadas as perdas, sobra a outra parte CI de produtos para o consumo interno,
são bens que podem ser comprados no mercado interno. Para comprar as mercadorias
disponíveis anualmente no país, as pessoas recebem uma quantidade de dinheiro por ano.
Todo esse montante de dinheiro compra toda a massa de produtos disponíveis ou, dito de outra
maneira, o lastro da moeda é a massa de mercadorias disponíveis. Um compra o outro.

INFLAÇÃO: Se as pessoas passam a
ganhar o dobro, os preços também dobram.
Isso porque se o montante de dinheiro é
aumentado, aumenta a procura, os preços
sobem, e as pessoas acabam consumindo a
mesma coisa. É a inflação! Inflacionar é injetar
dinheiro nas mãos das pessoas, aumentando o
poder de compra, sem o correspondente
aumento das mercadorias disponíveis. As
pessoas ficam com muito dinheiro de pouco
valor e o consumo é o mesmo. Também ocorre
elevação de preços se houver diminuição dos
bens disponíveis para a compra, é a carestia.

DEFLAÇÃO: Ao contrário, se há pouca
procura ou muita mercadoria, os preços tendem
a baixar e o dinheiro a se valorizar por causa da
oferta, sobrando estoques, prateleiras cheias,
como ocorreu nos Estados Unidos em 1929,
provocando grande intervenção na economia. É
a deflação!

A lei da oferta e procura é que todo o montante de ganho anual pelas pessoas do país
compra todas as mercadorias disponíveis no mercado interno naquele ano. O montante de
ganho anual equivale ao total das mercadorias disponíveis naquele ano, gerado pelo trabalho.
Observar que o montante de ganho é maior que o meio circulante porque a mesma moeda
circula e pode ser usada várias vezes no ano. Isso pode ser computado estatisticamente. Há riscos em deixar que a oferta e procura equilibrem os preços. Além do mais, há o atual
interesse em equilibrar os preços tendendo a um padrão global. Assim, é calculada a quantia que deve ser injetada na população, para obter os preços desejados.
Para possibilitar esse cálculo, foi criado o salário mínimo. (além de outros indexadores). Primeiro define-se o que a população vai consumir e o que vai ser exportado, depois fixa-se o salário mínimo que leva a esse consumo com os preços desejados. A matemática fornece meios de fazer essa indexação para equilibrar oferta e procura no padrão desejado por quem está no
comando.
Aos poucos e com tremendas lutas de poder, a sociedade foi sendo submetida à Matemática. Surgiram os salários mínimos, que determinam um quinhão de consumo do trabalhador. Cada pessoa ganha tantos salários mínimos o que lhe dá um determinado poder aquisitivo. Além disso, cada pessoa possui ações que também lhe dão um poder aquisitivo, além de outras rendas. Salários e rendimentos são calculados para determinar o que a população vai consumir e quanto vai ser remetido para outras regiões. Por esse meio, as economias ficaram indexadas e a inflação
controlada, em todo o mundo. Por isso, todos os países adotaram o salário mínimo ou outras
formas de indexações, tendendo a preços e moeda globais.
Cada país “em desenvolvimento” tem o seu "pai dos pobres", criador do salário mínimo.
Aliás, também, cada país tem o seu “abridor da economia” e seu “controlador da inflação”. É a
globalização! Desse modo, foram congelados os preços, os salários, as rendas e os fluxos de
mercadorias de uma região para outra e de uma classe para outra. Cada vez mais, a
Matemática subsidia os governos no controle das suas crises e na determinação da partilha
pelas classes sociais e pelas diversas regiões globais. As empresas se globalizam, as pessoas
adquirem ações, obtendo direitos sobre a produção global. Acabam países, propriedades e
capital. Ficam direitos históricos a quinhões (sob controle): cada um com o seu.

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