Segundo os pesquisadores, a corrente tem uma velocidade média de 20 cm por segundo e é a mais rápida já encontrada até hoje no oceano profundo. Com essa velocidade, a corrente movimenta mais de 12 milhões de metros cúbicos por segundo de água fria e salgada da Antártida.
"São as maiores velocidades que vimos até agora nesta profundidade, de três quilômetros abaixo da superfície, o que foi realmente uma surpresa para nós”, afirmou Steve Rintoul, um dos autores do estudo.
A corrente já havia sido identificada anteriormente, mas faltavam dados mais concretos para entender sua importância. "Nós não sabíamos se era uma parte significativa da circulação ou não, e isso mostra claramente que é," completou Steve Rintoul.
Foram usados equipamentos de medição ancorados a 4.5 km de profundidade no mar para registrar a velocidade da corrente, a temperatura da água e a salinidade durante dois anos.
As conclusões colocam essa corrente como parte fundamental no padrão global de circulação oceânica o que deve ajudar nas previsões climáticas. Os pesquisadores querem ainda melhorar as medições da velocidade e do volume da água salgada fria ao redor da Antártida. Todo o estudo foi publicado na última edição da revista Nature Geoscience.
Arte: O gráfico mostra a atuação das principais correntes oceânicas no globo. As correntes marítimas que se movem em direção ao equador são frias e as que se movem em direção aos pólos são quentes. A descoberta da nova corrente marítima, a mais rápida do oceano profundo, vai ajudar os cientistas a entenderem alterações climáticas ao redor do planeta.
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