Dessa vez o evento foi registrado na província de Qinghai, na região do Tibete, na China e de acordo com dados preliminares calculados pelo USGS, Instituto de Pesquisas Geológicas, dos EUA, teve magnitude de 6.9 graus. Essa intensidade equivale em energia à detonação de 16 bombas atômicas similares à que destruiu Hiroshima, em 1945, ou 335 mil toneladas de TNT.
O tremor ocorreu às 20h49 pelo horário de Brasília, a 10 km de profundidade sob as coordenadas 33.271°N e 96.629°E, a 240 km do norte-noroeste de Qamdo, no Tibete e 375 km a sul-sudeste de Qinghai. Apesar da região do epicentro ser montanhosa e pouco habitada, pelo menos 400 pessoas foram mortas pelo tremor e cerca de 10 mil pessoas estão feridas.
Segundo a rádio estatal China, quase 90% das casas da província de Jiegu, que sentiu o tremor com mais intensidade, são de madeira e ficaram destruídas. Entre os escombros está uma escola de ensino técnico onde existem diversos estudantes soterrados.
Tectônica da região
A região onde ocorreu o tremor dessa quarta-feira é extremamente acidentada, com montanhas de altitude superior a 3500 metros, conhecida como Cadeia Tengula. A cadeia é constantemente comprimida pela placa tectônica indo-australiana, ao sul e Eurasiana, ao norte, o que torna a localidade altamente sísmica e sujeita a terremotos de grande magnitude.
A mesma força entre as placas que causou o terremoto é a responsável pela formação da cadeia do Himalaia, localizada no sudoeste da região e se prolonga em sentido oeste até o Butão, tendo a Índia na fronteira sul. Próximo dali, a sudoeste, o Monte Everest se eleva a 8848 metros de altitude, erguido pelas mesmas forças de colisão.
Qinghai é habitada em sua maioria por Mongóis, muçulmanos e tibetanos e já foi palco de um intenso terremoto que devastou a província vizinha de Sichuan, em maio de 2008. Na ocasião, cerca de 90 mil pessoas morreram ou estão desaparecidas.